sexta-feira, novembro 22, 2024
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“Vampira” do século XVI tem reconstrução facial; veja

Uma mulher foi enterrada com um tijolo na boca no século XVI na ilha de Lazzaretto Nuovo, na Itália. O fato chamou a atenção de historiadores, que acreditam que ela possa ter sido acusada de ser uma “vampira“. Agora, um pesquisador usou a tecnologia para reproduzir como era o rosto da mulher.

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Mulher tinha cerca de 60 anos (Imagem: Cícero Moraes, OrtogOnline, 2024 (CC BY 4.0))

“Vampira” foi acusada de tentar espalhar peste

  • Os restos da “vampira” foram descobertos em 2006 em uma vala comum para vítimas da peste.
  • Acredita-se que ela tenha sido acusada de tentar espalhar a doença através de suas mordidas e sede por sangue humano.
  • A mulher foi morta mais de 300 anos antes da famosa história do Drácula.
  • No entanto, historiadores destacam que a Europa vivia um período de verdadeiro pânico, com várias tentativas para explicar as doenças que estavam assolando a população.
  • Uma delas foi recorrer aos vampiros, teoria que teria sido difundida por coveiros italianos que regularmente entravam em contato com cadáveres em decomposição enquanto enterravam mais corpos.
  • Esses restos apodrecidos muitas vezes apareciam inchados com fluidos corporais escorrendo de suas bocas e narizes, levando à ideia de que eles estavam se banqueteando com o sangue de outros mortos.
  • As informações são do IFLScience.
Mulher foi enterrada com tijolo na boca (Imagem: Cícero Moraes, OrtogOnline, 2024 (CC BY 4.0))

Reconstrução facial

Analisando o cadáver em particular, em 2010, os pesquisadores concluíram que um tijolo foi intencionalmente colocado na boca da mulher por coveiros na tentativa de evitar novos “ataques”. Os cientistas concluíram que a mulher tinha cerca de 60 anos quando morreu e comia principalmente vegetais e grãos, dieta indicativa de uma classe social humilde.

Para reconstruir o rosto da mulher, o designer 3D e perito forense Cícero Moraes primeiro esboçou a visão frontal e lateral do crânio, bem como as arcadas dentárias, usando medidas e projeções do crânio real. Este modelo foi então digitalmente desenvolvido através da transformação da tomografia computadorizada do rosto de um indivíduo moderno, a fim de se ajustar aos contornos do crânio antigo.

Moraes então criou uma réplica do tijolo de isopor e realizou uma série de experimentos para determinar se o objeto poderia ter sido deliberadamente inserido na boca da mulher após sua morte. Os resultados indicaram que o tijolo poderia ter sido colocado dentro da cavidade oral sem danificar os dentes ou tecidos moles. A pesquisa foi publicada na revista OrtogOnline.

Via Olhar Digital

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