Retornando ao estilo “proibidão”, marcado por letras explícitas não muito comerciais, a cantora conhecida como Valesca Popozuda lançou, na última sexta-feira, dois novos EPs: “De Volta Para Gaiola: Amor” e “De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade”.
Em coletiva de imprensa realizada para falar sobre o novo projeto, a artista refletiu sobre seu passado e presente na indústria musical, assim como seu crescimento e maior maturidade para fazer um projeto totalmente diferente do que já fez, mergulhando nos gêneros pagode, R&B e trap, mas sem deixar de lado suas origens no funk. Valesca também revelou que uma segunda parte do projeto chega em agosto deste ano.
Valesca Popozuda diferente, mas sem perder a essência
“De Volta Para Gaiola: Amor” é a versão light do novo projeto, enquanto “De Volta Para Gaiola: Amor De Verdade” traz a essência do “proibidão” e dos primeiros trabalhos musicais da funkeira, alterando as letras iniciais para letras explícitas.
“Eu quis fazer uma coisa que fosse a gosto de todos. Eu tenho um público que ama proibidões, mas tenho um público que curte uma coisa mais tranquila. Quis fazer desses dois tipos para ninguém deixar de consumir” contou ela.
Os EPs contam com três faixas cada um e uma intro que apresenta todo o conceito do trabalho. A abertura é feita com um poema da influenciadora digital Hana Khalil, criado exclusivamente para a artista, onde ela recita: “saber o que seu corpo faz e resolver que você manda nele é um símbolo do meu legado até aqui”.
O trabalho segue com “Pagodin”, faixa em que Valesca Popozuda se joga no pagode. A segunda música, “12 Horas”, traz a participação especial do funkeiro MC GW. Eles fazem um dueto sensual, que bebe da fonte do R&B norte-americano. Finalizando o EP, temos “XXT Na XXT”, com participação de Ya Malb, onde Valesca canta sobre o amor sáfico, ou seja, mulheres que sentem desejo ou afeto também por mulheres.
Os gêneros diferentes dos quais está acostumada veio por vontade da cantora de se reinventar e tentar coisas novas. Portanto, o proibidão marca da estrela nos anos 2000 permanece, mas cantado em ritmos diferentes do funk. Além do mix de gêneros musicais, os EPs buscam explorar temas como amor, sexualidade e empoderamento feminino.
“No começo da minha carreira, eu já debatia sobre o feminismo no início do meu trabalho e não sabia. Eu vim de um público totalmente masculino, mas eu queria muitas mulheres comigo, cantando por liberdade, por não se importar com o que as pessoas vão achar, por medo da sociedade se fechar, com medo da sociedade. Por que o homem pode tudo e quando as mulheres aparecem com uma blusa transparente é vagabunda? Por que eles podem mostrar seus desejos e a gente não? É sobre buscar nossos direitos e liberdade.”
“No passado, eu deixava muito que as pessoas tomassem as decisões por mim. Eu vivia o presente, mas não vivia tanto presente ali no começo da minha carreira. Hoje eu acho que estou muito mais presente de cabeça, corpo e alma. Eu não tinha tanta experiência, maturidade.”
“Esse EP fala da construção do desejo, desde a forma mais livre até a forma mais romântica. É um resgate da minha história e uma demonstração de onde me encontro hoje, com uma carreira consolidada e com meus desejos respeitados”, disse ela à imprensa.
Valesca ainda enfatizou que queria com o projeto abraçar as “love songs” (canções de amor), mas que tivessem, ainda assim, sua essência.
Novo projeto em breve
Valesca Popozuda adiantou que as novidades não acabaram. A cantora adiantou que mais músicas inéditas chegarão às plataformas digitais em agosto deste ano.
“Ele foi bem dividido e vem dessa mesma pegada, mas com batidas diferentes. Vocês vão ouvir em breve”, concluiu.