A região do Vale do Café, no interior do Rio de Janeiro, revela um cenário onde história e modernidade se confundem, preservando o legado da época dos barões do café e ao mesmo tempo impulsionando um turismo diversificado.
Conhecida por seu patrimônio histórico e cultural, a área destaca-se também por premiados produtos artesanais e pelo desenvolvimento do turismo rural, que vem atraindo um público cada vez maior em busca de experiências autênticas e contato direto com o campo.
O turismo histórico é um dos principais pilares. Em cidades como Vassouras, Rio das Flores e Valença, casarões do século XIX e fazendas restauradas transportam o visitante para os tempos áureos do ciclo do café. Em Vassouras, o visitante pode percorrer o Museu Casa da Hera, símbolo da opulência da época e repleto de objetos originais. Já em Rio das Flores, as fazendas históricas oferecem visitas guiadas, permitindo que o turista conheça o modo de vida de uma das regiões mais ricas do País naquele período. Valença, por sua vez, combina história com natureza, com trilhas ecológicas e rios que convidam ao lazer.
Segundo Wanderson Farias, Assessor Especial da Secretaria de Estado de Turismo do Rio de Janeiro e porta-voz do Vale do Café, o que torna a região única é o seu resgate histórico: “Estamos falando de uma área que, no século XIX, exportava 75% do café do País. Hoje, as fazendas históricas, muito bem preservadas, foram transformadas em hotéis e espaços para eventos, mantendo vivo o legado dos barões do café.”
Outro atrativo popular é a charmosa cidade de Conservatória, conhecida como a “capital da seresta”. Além de suas ruas de pedra e casario típico, a cidade realiza serenatas semanais, transformando as noites em uma experiência musical única e nostálgica, que agrada visitantes de todas as idades.
O Vale do Café não é apenas um destino de turismo histórico, mas também gastronômico. Os queijos artesanais e as cachaças produzidos na região alcançaram reconhecimento nacional e internacional, conquistando prêmios e ganhando destaque pela alta qualidade. Queijarias locais oferecem degustações, permitindo que os visitantes conheçam desde o processo de produção até os sabores únicos da região. A cachaça, que já foi protagonista do cenário agrícola do Vale, agora é reinventada com novos processos de produção e destilação, o que garante rótulos sofisticados e de grande valor na gastronomia.
A iniciativa de unir turismo e agricultura ganhou força com o projeto Arranjo Produtivo Local (APL), que incentiva a produção de cafés especiais e a criação de rotas turísticas. “Esse projeto valoriza o turismo de experiência, unindo o café com outros produtos regionais, como o queijo e a cachaça, todos produzidos localmente e premiados em concursos nacionais e internacionais”, explica Farias. A rota permite que o visitante passe uma manhã em uma propriedade cafeeira, desfrute de uma degustação de queijos na hora do almoço e finalize o dia em um alambique.
Além do APL, o Vale do Café também sedia festivais que atraem turistas e impulsionam a economia. O Festival do Vale do Café, que esse ano celebra a sua 20ª edição, é um dos eventos mais aguardados, com apresentações musicais nas fazendas históricas e degustações de produtos regionais, como cachaças, queijos e cafés. “Esse festival celebra o que há de melhor na cultura e na gastronomia local, oferecendo uma experiência autêntica e imersiva para os visitantes”, acrescenta Farias.
Outro destaque é o Festival Delícias do Vale, realizado em sistema itinerante. Esse evento envolve todos os municípios da região e conta com a participação de bares, restaurantes e produtores locais. Com pratos temáticos e atrações culturais, ele permite que o visitante descubra os sabores únicos do Vale do Café, promovendo um intercâmbio cultural e gastronômico entre as cidades.
O turismo rural é outro atrativo fundamental do Vale do Café, especialmente para aqueles que desejam explorar a vida no campo. Além da visitação, muitas fazendas abrem suas portas para experiências práticas de agroecologia, onde o visitante pode participar da colheita, aprender sobre os processos de produção e até mesmo sobre práticas de cultivo sustentável. Essas atividades contribuem para a valorização da agricultura local e ajudam a sustentar pequenas propriedades familiares, que representam a base econômica e cultural da região.
A estratégia de promoção regional também inclui o projeto “Inverno #TônoRio”, que percorre as principais cidades da região durante os meses mais frios. Com estandes temáticos, apresentações musicais e venda de artesanato, o projeto valoriza o trabalho de artistas locais e pequenos produtores.
Segundo Farias, a maioria dos turistas que visita o Vale do Café é do próprio estado do Rio de Janeiro, mas há um crescimento significativo do público paulista, atraído pelas paisagens bucólicas e pelas atrações culturais. “Estamos consolidando parcerias para expandir nossa visibilidade e atrair um público diversificado, mostrando que o Vale do Café é mais do que um destino turístico: é uma imersão na cultura, história e sabores do Brasil”, finaliza.
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