O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, sinalizou a um grupo de aliados que pretende retomar diálogo com o ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) do inquérito que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado.
Foi o ministro quem autorizou a Operação Tempus Veritatis, no mês de fevereiro. O dirigente partidário foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão. Acabou preso em flagrante porque, durante a ação, agentes encontraram uma arma em situação irregular e uma pepita de ouro. O dirigente passou duas noites na carceragem da Polícia Federal.
Em conversas reservadas, relatadas à CNN, Valdemar tem ressaltado que é momento de acalmar os ânimos e retomar uma relação harmônica do partido de direita com o STF (Supremo Tribunal Federal).
O dirigente partidário tem destacado nessas conversas que a legenda precisa achar um caminho para fazer uma oposição que respeite as regras e decisões judiciais, sem ataques ao Poder Judiciário.
A ideia da legenda é que um diálogo entre Valdemar e Moraes seja mediado pelos ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin e pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que deve trocar o Republicanos pelo PL nos próximos meses.
Nos bastidores, Valdemar tem reconhecido que falhou com Moraes na questão das urnas eletrônicas, quando o partido contratou o Instituto Voto Legal para analisar as urnas eletrônicas.
O dirigente partidário faz questão de repetir que nunca duvidou da lisura do processo eleitoral.
Para não causar ruídos com os parlamentares bolsonaristas, o presidente nacional do PL tem feito questão que, antes de um eventual encontro com o ministro da Suprema Corte, deve tratar o tema com a cúpula nacional do partido.
Por causa da decisão judicial, Valdemar tem despachado em um andar diferente ao de Bolsonaro na sede nacional do PL, em Brasília.
Compartilhe: