O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, determinou que o partido prossiga com a ação pela cassação do senador Sergio Moro (União-PR).
A sigla, conforme informou o jornal O Globo, já prepara recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, mesmo depois de o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE) ter rejeitado a acusação e mantido Moro, por 5 votos a 2.
De acordo com o Globo, a decisão de Valdemar surpreendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele considerava que, depois da vitória do senador no TRE, o assunto não dizia mais respeito ao partido.
O ex-presidente do Brasil garantiu, inclusive ao próprio senador, por meio de aliados, de acordo com o jornal, que o PL não iria recorrer caso Moro fosse absolvido na primeira instância. Valdemar, que está proibido pela Justiça de se comunicar com Bolsonaro, tomou outra atitude.
São duas as ações contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Uma é do PL, a outra é do PT, que já garantiu a continuidade do processo. Em ambas, Moro é acusado de abuso de poder econômico na eleição de 2022.
Argumento daqueles que acusam Moro
O senador, inicialmente, era candidato a presidente pelo Podemos. Migrou, então, para o União Brasil, pelo qual se candidatou ao Senado.
Segundo os acusadores, ele usou “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor”. A defesa do senador nega as acusações.
O argumento de Valdemar para dar prosseguimento à ação, de acordo com o Globo, é o de que, como houve uso de dinheiro público do PL, o partido está obrigado a seguir com a ação até a última instância.