A segunda parte do documentário “O Retorno de Simone Biles” foi lançada na Netflix, nesta sexta-feira (25). A produção, dirigida por Katie Walsh, aborda brevemente um dos principais temas da ginástica artística: a aposentadoria de Simone Biles.
Nos episódios três e quatro, a idade de Biles é um assunto recorrente. A ginasta completou 27 anos em 2024 e se tornou a norte-americana mais velha a disputar uma Olimpíada na ginástica.
A baixa faixa etária da modalidade, inclusive, é discutida entre os personagens do documentário, que explicam o impacto da romena Nadia Comăneci, que venceu ouro no individual geral com apenas 14 anos, em Montreal 1976.
Depois de conquistar seus principais objetivos na Olimpíada de Paris, deixando os traumas de Tóquio para trás, Biles reflete sobre o futuro da carreira.
O documentário mostra a ginasta uma semana depois dos eventos da Olimpíada, ainda na Cidade Luz, celebrando as conquistas com sua família, mas já pensando no futuro.
A melhor ginasta de todos os tempos se pergunta o que vai fazer da vida depois de Paris, já que toda a sua preparação levava àquele momento. Mas, ao ser perguntada se estava se despedindo de algo que ama, Biles não dá uma resposta conclusiva.
A ginasta fala sobre os momentos difíceis que passou tendo que cuidar da saúde mental e diz que sente orgulho de si mesma.
Com a idade como um dos temas centrais dos novos episódios, o documentário aborda o medo de lesões das ginastas, incluindo Biles. A norte-americana nunca precisou passar por cirurgia, algo raro na modalidade, mas vem apresentando lesões musculares com mais frequência.
Uma delas aconteceu, inclusive, na Olimpíada. Durante o aquecimento do solo da fase classificatória, Biles teve uma lesão muscular na panturrilha esquerda.
Apesar das dores, a ginasta decidiu continuar na disputa até o fim, conquistando quatro medalhas ao todo em Paris, sendo três ouros (equipes, individual geral e salto) e uma prata (solo).
Na primeira parte, lançada em 17 de julho, “O Retorno de Simone Biles” mostra a carreira de Biles desde a infância, os bastidores de sua família, o trauma de Tóquio com os chamados “twisties”, um tipo de fenômeno psicológico que afeta atletas fazendo com que percam a noção de espaço, e o retorno à ginástica no Mundial da Antuérpia.
Já na segunda parte, lançada nesta sexta, o foco é a Olimpíada de Paris. A produção “chega” em 2024, ano olímpico, e mostra a preparação de Biles. A seletiva norte-americana ganha espaço, assim como o nervosismo da ginasta para que nada dê errado antes dos Jogos.
A disputa em Paris é mostrada em detalhes, com câmeras exclusivas dentro da área de competição e imagens inéditas dos momentos de tensão com a lesão muscular de Biles. A disputa com Rebeca Andrade também ganha destaque, com a americana ressaltando a dificuldade de competir com a brasileira.