sábado, janeiro 11, 2025
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USP cobra providências contra professor acusado de abuso sexual

A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) encaminhou nesta quinta-feira, 9, à Procuradoria-Geral da instituição seu relatório preliminar sobre o caso do professor Alysson Mascaro. Mais de dez alunos acusam o profissional de assédio e abuso sexual.

O professor é conhecido por criticar o capitalismo, ser eleitor de Lula da Silva e amigo do ex-ministro de Direitos Humanos Silvio Almeida, afastado do governo federal também por denúncias de assédio sexual. 

Documento da USP reúne 30 depoimentos

No documento, segundo o jornal Folha de S.Paulo, há cerca de 30 depoimentos de supostas vítimas e testemunhas sobre possíveis crimes cometidos pelo docente. Em seu parecer, o responsável cita principalmente “relatos preocupantes” e pede a adoção de providências pela diretoria da unidade.

A defesa de Mascaro, sob os cuidados da advogada Fabiana Marques, diz que não recebeu o relatório preliminar. No entanto, Fabiana afirma estar confiante na inocência de seu cliente e que acredita sobretudo na fragilidade dos relatos.

O professor prestou depoimento à Faculdade de Direito na última terça-feira, 7. Na ocasião, se disse inocente e vítima de calúnia. Num dos depoimentos, um ex-estudante relata que Mascaro o convidou primeiramente para uma conversa sobre assuntos acadêmicos em seu apartamento, em 2022. 

Durante o encontro, o professor o coagiu a ficar de cueca e abraçá-lo, sob o argumento de que aquilo imitaria a maneira como filósofos e discípulos se relacionavam na Grécia Antiga – citando Sócrates e Platão. Alysson Mascaro é advogado e professor associado da Faculdade de Direito desde 2006. 

Reportagem motivou investigação

Dez alunos ou ex-alunos o acusaram de assédio e abuso sexual ao site Intercept Brasil em 3 de dezembro. A partir disso, a USP decidiu abrir investigação sobre o caso.

Um dia depois da publicação da reportagem com as denúncias, a Faculdade de Direito determinou a instauração de procedimento para apuração preliminar. A instituição de ensino designou um professor da unidade para presidir principalmente os trabalhos da sindicância, que tinha prazo de conclusão de 30 dias.

Via Revista Oeste

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