A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) instaurou uma sindicância para investigar denúncias de assédio sexual contra o professor Alysson Mascaro. Há acusações de pelo menos dez alunos, o que levou a diretora interina, Ana Elisa Liberatore S. Bechara, a iniciar o processo, com o objetivo de coletar evidências sobre o caso.
Apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva e amigo de Silvio Almeida, Mascaro é professor da Faculdade de Direito da USP (Largo São Francisco). Ele é livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito. Ana Elisa instaurou o procedimento apuratório na última quarta-feira, 4.
O professor titular Gustavo Ferraz de Campos Monaco vai ser o presidente da sindicância. Ele conta com a assistência da servidora técnico-administrativa Simone Fática Bastos Santos Souza e com o apoio da Procuradoria-Geral da Universidade.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou que não encontrou registros de boletins de ocorrência relacionados ao professor Mascaro.
Professor da USP alega perseguição e difamação

Mascaro, por sua vez, registrou dois boletins de ocorrência, nos quais alega sofrer injúria, difamação e perseguição. Ele afirma que, desde agosto, tem sido alvo de perfis falsos no Instagram, que supostamente disseminam informações inverídicas sobre ele. Segundo Mascaro, essa campanha difamatória configura uma perseguição contínua.
A defesa do professor argumentou, ao portal Metrópoles, que as acusações são desprovidas de materialidade e nunca foram formalmente apresentadas. Elas teriam origem em perfis falsos nas redes sociais.
Os advogados de Mascaro protocolaram uma representação criminal para investigar o crime de perseguição. Eles obtiveram uma decisão judicial que permite a obtenção de dados cadastrais de supostas contas falsas envolvidas.