terça-feira, julho 2, 2024
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Universitários americanos estão viciados em apostas online

Os Estados Unidos são referência no esporte há muito tempo. Não à toa sempre lideram o quadro de medalhas nas Olimpíadas. Isso sem contar as maiores ligas do mundo quando o assunto é basquete, baseball, hockey e futebol americano.

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O esporte, no entanto, ganhou contextos um pouco diferentes nos últimos anos. Em vez dos campos e das quadras, a febre por lá está agora nas mãos dos americanos: as bets fazem parte da rotina de muitos jovens.

A suprema corte do país autorizou em 2018 as apostas esportivas. A regulamentação por lá cabe a cada estado – pelo menos 35 deles já aderiram.

O primeiro a adotar foi Nevada, onde fica Las Vegas. Nova York foi pelo mesmo caminho. A Virginia também.

E é justamente neste último onde mora e estuda o jovem Marcus, de 19 anos. O universitário teve a história contada pelo site Business Insider.

Antes fã de futebol e da NFL, hoje ele gosta mesmo é de apostar. E levou todos os seus amigos pro mesmo caminho. Segundo ele, as pessoas encaram as apostas esportivas quase como uma atividade social. Você cria novas amizades assim, ou mantém as antigas, mesmo à distância.

Essa realidade é repetida em vários outros campus de várias outras cidades americanas.

Uma atividade de risco

Marcus começou a apostar de forma despretensiosa. Era divertido acertar de vez em quando. O ritmo, porém, aumentou e, quando viu, tinha acumulado uma dívida de US$ 6.000 comprando a moeda virtual do site Fliff.

Só que Marcus tinha uma boa situação econômica. Investiu outros US$ 11.000 e conseguiu reverter a situação. Hoje, já ganhou mais de US$ 32.000 na plataforma. Começou a apostar em jogos de tênis e se deu bem.

A realidade econômica dele, no entanto, é muito diferente das de outros jovens. Especialistas afirmam que é importante as pessoas terem claro na cabeça que as bets custam dinheiro. E que jogos são feitos justamente para ser viciantes.

A situação tende a ser mais complicada para os jovens – e são eles os principais usuários do serviço nos EUA. Uma pesquisa da May Morning Consult descobriu que 70% das pessoas que fizeram uma aposta em dezembro eram homens e que, embora apenas 10% fossem adultos da Geração Z, o segundo grupo demográfico mais jovem, os millennials, eram os apostadores mais comuns.

Nessa brincadeira toda, quem mais lucrou foram os estados. A estimativa é que, desde que foram aprovadas em 2018, as bets já geraram mais de US$ 3 bilhões para os cofres públicos americanos.

A situação das bets no Brasil

  • Foi justamente pensando na arrecadação que o governo federal decidiu apoiar a regulamentação das apostas online no Brasil.
  • O texto foi sancionado pelo presidente Lula, com vetos, no último dia 30 de dezembro.
  • Pelos cálculos do governo, a lei pode elevar a arrecadação federal em pelo menos R$ 10 bilhões.
  • O projeto tributa empresas e apostadores e define regras para a exploração da atividade.
  • Entre os vetos está o trecho que previa que prêmios de até R$ 2.112 (primeira faixa da tabela do Imposto de Renda de Pessoa Física) ficariam livres de tributação.
  • Os trechos vetados ainda serão analisados pelo Congresso Nacional.

Via Olhar Digital

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