A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) autorizou, na quarta-feira 28, a realização de todas as atividades acadêmicas e administrativas de forma remota até 31 de agosto. A decisão foi tomada devido à má qualidade do ar que afeta o Estado.
A portaria assinada pelo reitor Sylvio Mário Puga Ferreira destaca que as condições climáticas estão comprometendo a saúde pública.
Na terça-feira 27, Manaus amanheceu com uma densa camada de fumaça. Segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA), a qualidade do ar em muitos pontos da cidade foi classificada como “péssima” e “muito ruim”.
Nesta quinta-feira, 28, a plataforma indica que a qualidade do ar variava entre “ruim” e “péssima” em Manaus e cidades próximas.
A região da Amazônia enfrenta uma crise severa, com queimadas descontroladas e seca extrema. Em agosto, uma nuvem de fumaça cobriu áreas extensas do bioma, alcançando pelo menos 11 Estados brasileiros, de acordo com a WWF-Brasil.
Estados como São Paulo, Goiás e Mato Grosso também foram afetados. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que até 27 foram registrados 28.697 focos de queimadas na Amazônia, um aumento de 83% em relação ao mesmo período do ano anterior, que teve 15,7 mil focos.
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), declarou emergência e emergência em saúde pública em todos os 62 Municípios do Estado devido à estiagem.
Catarinense morre depois de inalar fumaça de queimadas
A fumaça oriunda das queimadas já causou uma morte por inalação. Na terça-feira, um catarinense faleceu depois de inalar fumaça de queimadas em uma área de vegetação. O incidente aconteceu na cidade de Tijucas, na grande Florianópolis (SC).
A vítima, que não teve o nome revelado pelos bombeiros, havia informado a sua mulher de que estava com dificuldades para respirar. Posteriormente, seu irmão o encontrou desacordado.
O irmão tentou levá-lo ao pronto-socorro em um carro, depois de encontrá-lo desmaiado, mas sofreu um acidente de trânsito e saiu da pista. Ninguém ficou ferido na colisão.
Outro veículo conduziu o catarinense até a Unidade Básica de Saúde de Campo Novo, onde os médicos constataram a parada cardiorrespiratória.
Os socorristas iniciaram a reanimação cardiopulmonar até a chegada dos médicos do helicóptero Arcanjo 3, do Corpo de Bombeiros, que assumiram a ocorrência.
Os médicos orientaram a família a permanecer na unidade básica de saúde para acompanhar o procedimento. Os profissionais utilizaram um desfibrilador externo para tentar reanimá-lo. Entretanto, a vítima não resistiu.