A Unilever anunciou nesta quarta-feira, 10, que deve reduzir um terço dos cargos administrativos na Europa até o final de 2025 como parte de uma estratégia para aumentar a produtividade.
O novo CEO da empresa, Hein Schumacher, está sob pressão dos acionistas para impulsionar o crescimento da empresa de bens de consumo, que enfrenta dificuldades financeiras.
A companhia comunicou aos executivos sêniores que até 3,2 mil empregos administrativos serão eliminados na Europa, conforme divulgado pela revista Financial Times.
O corte de vagas é parte de um “programa de produtividade” anunciado em março, que inclui a extinção de até 7,5 mil postos de trabalho em escala global.
“O impacto líquido esperado em cargos na Europa entre agora e o final de 2025 está na faixa de 3 mil a 3,2 mil cargos”, afirmou a diretora de recursos humanos, Constantina Tribou, durante uma videoconferência. As demissões serão focadas em áreas administrativas, sem afetar os empregos em fábricas.
Em comunicado, a Unilever informou que vai consultar os funcionários que serão desligados nas próximas semanas.
Demissões na Unilever devem atingir principalmente Inglaterra e Holanda
O presidente do conselho de trabalho Europeu da Unilever, Hermann Soggeberg, afirmou que praticamente todos os escritórios do continente serão afetados, com destaque para Londres, na Inglaterra, e Roterdã, na Holanda.
Em março, a Unilever anunciou a separação de sua divisão de sorvetes, incluindo marcas como Ben & Jerry’s e Wall’s, que representam 16% das vendas do grupo.
Alguns funcionários demitidos poderão ser realocados para novos cargos na divisão de sorvetes depois da separação, com o objetivo de reduzir o número de afetados.
“Não seremos capazes de proteger todos os empregos, mas precisamos proteger todas as pessoas”, afirmou Soggeberg. “É a maior reestruturação que vimos na última década. Isso é chocante para as pessoas.”
“Em março, anunciamos o lançamento de um programa abrangente de produtividade para impulsionar o foco e o crescimento através de uma organização mais enxuta e responsável”, afirmou um porta-voz da Unilever.
“Reconhecemos a ansiedade significativa que essas propostas estão causando entre nosso pessoal”, acrescentou. “Estamos comprometidos em apoiar todos durante essas mudanças, enquanto passamos pelo processo de consulta.”