Em pesquisa divulgada nesta terça-feira, 28, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) afirma que “o direito de menstruar de maneira digna, segura e com acesso a itens de higiene ainda é um desafio para adolescentes e jovens, o que inclui meninas, mulheres, homens e meninos trans e pessoas não binárias que menstruam”.
Na pesquisa, que contou com 2,2 mil entrevistados, 19% disseram que já enfrentaram problemas financeiros para comprar absorventes, e 37% relataram ter tido dificuldades em algum momento para acessar itens de higiene em escolas e outros locais públicos.
Além disso, o Unicef afirmou que a “pobreza menstrual” ainda persiste no Brasil. Isso ocorre porque, segundo o órgão, “pessoas que menstruam têm necessidades de saúde e higiene menstrual negligenciadas”.
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“Garantir os direitos menstruais é um dos compromissos do Unicef na resposta à pobreza menstrual, que afeta negativamente parte das ‘pessoas que menstruam’ no país e contribui para manter ciclos transgeracionais de iniquidades, principalmente a de gênero”, alega o Unicef.
Unicef diz que a “falta de informação” prejudica “homens e meninos trans que menstruam”
O Unicef também afirma que a “falta de informação” sobre a menstruação “contribui para situações de constrangimento”. Segundo o órgão, é necessário “desmistificar a menstruação e criar um ambiente acolhedor para pessoas que menstruam”.
Em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou o Programa de Proteção e Promoção da Dignidade Menstrual. O projeto destinou R$ 420 milhões a serem gastos com “pessoas que menstruam”.
Segundo a gestão petista, esse termo é usado para incluir na política pública “mulheres cisgênero, homens trans, pessoas não binárias e pessoas intersexo, que precisariam fazer o uso de absorventes”.