O Conselho da União Europeia (UE) declarou neste domingo, 4, que se recusa a reconhecer a vitória do ditador Nicolás Maduro na eleição presidencial da Venezuela. A organização afirma que não há provas que sustentem os resultados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ligado ao governo.
Em relatório oficial, a UE relatórios diz que, de acordo com as missões internacionais de observação eleitoral, as eleições presidenciais de 28 de julho não cumpriram os padrões internacionais de integridade eleitoral.
Países da União Europeia pedem mais transparência
Países da União Europeia como Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal solicitaram maior transparência no processo eleitoral venezuelano.
Ainda no documento, a União Europeia informou que acompanha a evolução da situação na Venezuela com grande preocupação.
“O CNE ainda não publicou os registos oficiais de votação, ou atas, das assembleias de voto, portanto, sem provas, os resultados do dia 2 de agosto não podem ser reconhecidos”, afirmou a UE.
Segundo o bloco, cópias dos registos de votação eleitoral publicados pela oposição e revistos por várias organizações independentes indicam que Edmundo González é o vencedor das eleições presidenciais por uma maioria significativa.
A união chegou à mesma conclusão que os Estados Unidos e cinco países da América Latina: Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá.
Declaração da oposição e posições internacionais
Com base em documentos aos quais teve acesso, a oposição venezuelana alega que González obteve 67% dos votos.
Por outro lado, países como Cuba, Nicarágua, Honduras, Rússia e China reconheceram a reeleição de Nicolás Maduro.