A União Europeia (UE) anunciou que não vai reconhecer a vitória de Nicolás Maduro nas eleições da Venezuela até que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) publique as atas eleitorais. A decisão foi divulgada nesta sexta-feira, 23, por Josep Borrell, representante do bloco para Relações Exteriores e Política de Segurança.
A UE busca assegurar a transparência e a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.
O posicionamento da União Europeia surge em meio a preocupações sobre a integridade das eleições e possíveis irregularidades. A organização destacou que a verificação das atas é um passo crucial para garantir que os resultados reflitam a vontade do povo venezuelano.
“É essencial que todas as etapas do processo eleitoral sejam conduzidas com transparência”, afirmou Borrell.
O CNE, controlado pelo regime chavista, recusou-se a divulgar as atas eleitorais. Ainda assim, o órgão deu vitória a Maduro no pleito presidencial. Posteriormente, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), controlado pelo governo, confirmou o resultado favorável ao ditador.
Tal decisão contrariou a comunidade internacional, que encontrou sinais claros de fraude nas eleições da Venezuela.
Impacto de postura da União Europeia para regime de Maduro
A decisão da UE pode ter repercussões significativas nas relações internacionais e na política interna do regime de Maduro na Venezuela. A posição do bloco alinha-se com a de outros países e organizações internacionais que também expressaram dúvidas sobre a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.
As próximas etapas dependerão dos esforços de verificação das atas e da resposta das autoridades venezuelanas.