O Sol esconde um mistério há muito estudado por cientistas. Enquanto a superfície solar atinge cerca de 5.500°C, sua coroa, localizada acima da superfície, apresenta temperaturas muito mais altas, chegando a cerca de 1 milhão de graus Celsius. Agora, um novo estudo pode ter revelado o motivo do aquecimento extremo da atmosfera externa da maior estrela do Sistema Solar.
Ondas de Alfvén são as responsáveis pelo fenômeno
- Uma equipe do Laboratório de Física de Plasma da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, identificou que ondas de plasma refletidas podem ser responsáveis pelo aquecimento dos chamados “buracos coronais”.
- Estas são regiões de baixa densidade da coroa solar, onde as linhas de campo magnético se estendem para o espaço interplanetário.
- Os cientistas sabem há décadas que os buracos coronais têm altas temperaturas, mas o mecanismo por trás disso não era claro.
- As novas descobertas mostram que a reflexão das ondas de plasma podem ser a chave para explicar o fenômeno.
- As informações são do History Channel Brasil.
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Geração de calor causa discrepância nas temperaturas
Este é o primeiro experimento feito em laboratório a demonstrar que as ondas de Alfvén são refletidas sob condições relevantes para os buracos coronais. Elas foram descobertas pelo físico sueco Hannes Alfvén e lembram vibrações de cordas de guitarra.
No Sol, no entanto, essas ondas são causadas pela interação dos campos magnéticos e o plasma. O experimento, realizado na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), simulou as condições dos buracos coronais e comprovou que essas ondas podem viajar de volta em direção à sua origem, criando turbulências que geram calor.
A equipe também realizou simulações em computadores para confirmar os resultados do experimento. Segundo os pesquisadores, as descobertas ampliam o entendimento sobre os processos físicos do Sol e podem ter implicações importantes para a compreensão do comportamento das estrelas no Universo.