Um dia depois da eleição presidencial no México, a prefeita de Cotija, em Michoacán, foi assassinada. A Secretaria do Interior de Michoacán anunciou uma operação de segurança com agências federais para encontrar os responsáveis pelo crime, ocorrido na segunda-feira 3.
Sánchez Figueroa, de acordo com o Poder360, estava na praça principal quando homens armados a atacaram. Ela foi levada ao Hospital Regional de Los Reyes, mas não sobreviveu. Os criminosos fugiram e ainda não foram identificados.
Em setembro de 2023, Figueroa foi sequestrada em Zapopan, Jalisco, e mantida em cativeiro por três dias. Os sequestradores eram membros do cartel Jalisco Nueva Generación.
Violência na campanha eleitoral mexicana
Os mexicanos votaram no domingo 2 e elegeram 20.708 representantes, entre eles presidente, congressistas, governadores, prefeitos e outras autoridades. Claudia Sheinbaum, 61 anos, da coligação Sigamos Haciendo Historia, foi eleita presidente, a primeira mulher a liderar o país.
No primeiro discurso, depois de eleita, Sheinbaum destacou a importância de sua chegada ao poder para as mulheres. Reconheceu o trabalho de antecessoras e realçou a mensagem de que governará para todos os setores da sociedade mexicana.
O discurso conciliador será uma das ferramentas de Sheinbaum na tentativa de pacificar um país que tem lutado há alguns anos contra o crime organizado.
A campanha foi marcada pela violência. O Laboratorio Electoral registrou 320 casos de violência eleitoral de 4 de junho de 2023 a 29 de maio deste ano. Foram 93 assassinatos, com 36 vítimas sendo candidatos ou pré-candidatos, além de 131 ameaças, 77 atentados e 17 sequestros.
Assassinatos de candidatos variam conforme levantamentos
O governo mexicano reconheceu 22 assassinatos de candidatos. Os números variam entre diferentes levantamentos independentes, com a maioria dos crimes tendo como alvos políticos locais ou seus familiares. O partido Morena, do presidente Andrés Manuel López Obrador, foi o mais afetado, com 10 candidatos assassinados.