O Cruzeiro ficou em cima, pressionou, teve muitas chances, mas só empatou por 0 a 0 com o Internacional, nesta quarta-feira (28), no Mineirão, em Belo Horizonte, em jogo adiado da quinta rodada do Campeonato Brasileiro.
O time celeste teve mais volume, mais oportunidades de gols, ficou com um homem a mais desde os 31 minutos do primeiro tempo, desperdiçou até pênalti com Kaio Jorge e, mesmo assim, não conseguiu vencer. Dessa forma, leva apenas um ponto diante do Colorado, em casa.
O resultado mantém a sequência negativa do Cruzeiro no Brasileirão. Agora, a equipe soma cinco jogos sem vitória na competição nacional. Antes, perdeu para o Fortaleza (2 a 1), empatou com Atlético (0 a 0) e Vitória (2 a 2) e perdeu para o Internacional (1 a 0).
Diante do tropeço em casa, a pressão aumenta muito sobre o técnico Fernando Seabra. A equipe celeste ouviu vaias ao deixar o gramado do Mineirão.
Com o empate, o Cruzeiro chega aos 38 pontos e tira o asterisco da tabela de classificação, agora com 24 jogos realizados. O resultado deixa a equipe fora do G6 do Brasileirão.
Por sua vez, o Internacional chegou aos 29 pontos e ocupa a 11ª colocação, com 21 jogos, três a menos dos compromissos adiados em função da cheia no Guaíba.
O Cruzeiro agora enfrentará o Atlético-GO, no domingo (1º), também no Mineirão, às 11h (de Brasília), na 25ª rodada.
O Internacional visita o Juventude, no estádio Alfredo Jaconi, também no domingo, mas às 18h30.
Antes de a bola rolar para Cruzeiro e Internacional, os clubes respeitaram um minuto de silêncio pela morte do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional, do Uruguai.
A homenagem contou com a imagem do atleta no telão do Gigante da Pampulha e muitos aplausos por parte dos torcedores quando o momento foi anunciado pelo sistema de som do estádio.
No momento em que o minuto de silêncio era respeitado, jogadores do Cruzeiro e do internacional ficaram em pé no círculo central do gramado, em lados opostos.
O primeiro tempo foi de muito mais volume do Cruzeiro. Mais insinuante, o time celeste teve maior controle de bola e criou mais chances de gol em relação ao Internacional.
Na etapa inicial, o Cruzeiro ficou com a bola em 59% do tempo. Com mais preponderância, chutou mais vezes a gol, até mesmo por ocupar bastante o campo do Inter. Foram oito tentativas do time de Fernando Seabra contra apenas uma do Colorado.
Dentre as tentativas de gol do Cruzeiro, Walace, Marlon e Kaio Jorge levaram bastante perigo na primeira metade do jogo. A grande chance mesmo foi do meia-atacante Matheus Pereira. Em um chute cruzado, o camisa 10 obrigou o goleiro Anthoni a espalmar.
Depois dos 30 minutos do primeiro tempo, o Cruzeiro ficou com um homem a mais em campo, com a expulsão de Rogel. A pressão que já era grande, aumentou. Apesar da vantagem numérica no gramado, o primeito tempo terminou sem gols.
No segundo tempo, o ímpeto do Cruzeiro seguiu. O time se manteve intenso, tentando pressionar o Internacional no campo de defesa. Tônica também na etapa inicial, as reclamações com a arbitragem seguiram de forma intensa seguiram.
O árbitro Bruno Arleu teve trabalho para conter os ânimos mais acirrados principalmente dos jogadores do internacional. Os gaúchos cometiam faltas nas proximidades da área de Anthoni e reclamavam bastante com o juiz. Em diversas oportunidades o cartão amarelo foi mostrado.
O Cruzeiro seguiu pressionando o adversário, mas não conseguia aproveitar a superioridade numérica, já que o Internacional colocava todo o time atrás da linha da bola quando o time celeste tinha posse de bola.
Aos 17 minutos do segundo tempo, o atacante Wesley, do Internacional, foi substituído por Enner Valencia. Na saída do campo, o ex-jogador do Cruzeiro foi ofendido com palavrões.
Durante todo o momento em que esteve no gramado, toda vez que encostava na bola, Wesley era muito vaiado.
Aos 22 minutos do primeiro tempo, Dinenno dividiu bola com Bruno Tabata e levou a pior. No lance, ao que pareceu, a perna do atacante do Cruzeiro ficou presa na grama, com uma possível rotação do joelho. O centroavante argentino deixou o campo chorando. Kaio Jorge entrou no lugar.
Aos 33 minutos do primeiro tempo, o zagueiro uruguaio Agustín Rogel acertou o braço no rosto do atacante cruzeirense Kaio Jorge. O árbitro Bruno Arleu mostrou o vermelho direto para o defensor do Internacional, que já havia recebido o cartão amarelo no começo da primeira etapa.
Aos 30 minutos do segundo tempo, o VAR entrou em ação e o árbitro Bruno Arleu de Araújo marcou pênalti, após bola bater na mão de Valencia, dentro da área.
Aos 35 minutos, Kaio Jorge bateu o pênalti, mas o goleiro Anthoni defendeu.