segunda-feira, abril 14, 2025
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UE suspende retaliações tarifárias aos EUA por 90 dias

A União Europeia (UE) decidiu adiar suas primeiras contramedidas contra as tarifas dos Estados Unidos depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, suspender temporariamente o “tarifaço” imposto a dezenas de países. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou publicamente a decisão nesta quinta-feira, 10.

“Enquanto finalizamos a adoção das contramedidas da UE, que receberam forte apoio dos nossos Estados-Membros, vamos colocá-las em espera por 90 dias”, disse ela em publicação no X. Ela disse que o trabalho preparatório sobre novas contramedidas continua.

O bloco econômico iria impor tarifas de retaliação sobre cerca de 21 bilhões de euros em importações norte-americanas a partir da próxima terça-feira, 15, em resposta às tarifas de 25% impostas por Trump sobre aço e alumínio. A UE ainda analisa como reagir às tarifas sobre automóveis e à taxa mais ampla de 10%, que permanece em vigor.

Segundo Ursula, a UE quer “dar uma chance às negociações”, mas, caso não sejam satisfatórias, as contramedidas entrarão em vigor. “Como já disse antes, todas as opções continuam sobre a mesa”, afirma. 

Trump reforça tarifas dos EUA contra a China

Donald Trump informou, nesta quarta-feira, 9, a suspensão da maioria das novas tarifas, o que trouxe alívio aos mercados e líderes globais, embora tenha acirrado as tensões comerciais com a China. O anúncio veio menos de 24 horas depois de as tarifas entrarem em vigor. 

A reviravolta gerou um dos episódios mais intensos de volatilidade no mercado financeiro desde o início da pandemia de covid-19. As bolsas norte-americanas reagiram com forte alta à notícia, e o otimismo se estendeu aos mercados asiáticos e europeus nesta quinta-feira.

EUA Trump
Trump aposta no poder de consumo dos EUA e na liderança econômica global para redesenhar o comércio mundial sob seus próprios termos | Foto: Shutterstock

Antes da mudança de rumo, o clima de incerteza havia minado trilhões de dólares do mercado de ações e provocado uma alta anormal nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.

Simultaneamente, a China rejeitou o que classificou como ameaças e chantagens de Washington.

Trump intensificou a pressão sobre o gigante asiático. Ele subiu as tarifas sobre as importações chinesas para 125%, acima dos 104% que começaram a valer na quarta-feira. Ele também assinou um decreto para reduzir a influência chinesa no setor de transporte marítimo global e revitalizar a indústria naval americana.



Via Revista Oeste

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