A União Europeia anunciou nesta quinta-feira, 16, que iniciou uma investigação para avaliar se as redes sociais Facebook e Instagram, ambas do grupo Meta, promovem comportamentos viciantes entre os menores de idade.
“Não estamos convencidos de que a Meta tenha adotado medidas suficientes para reduzir os riscos de impactos negativos na saúde física e mental dos jovens europeus em suas plataformas Facebook e Instagram”, afirmou Thierry Breton, comissário europeu de Mercado Interno.
Esta é a sexta investigação lançada pela Comissão Europeia sob a Lei dos Serviços Digitais (LSD), e a segunda que tem como alvo a Meta. O objetivo é verificar se as plataformas cumprem suas responsabilidades de proteção aos menores, que incluem a eficácia na verificação da idade dos usuários.
A Meta, por sua vez, declarou em um comunicado que está empenhada em oferecer experiências online seguras e apropriadas para os jovens, ao destacar que tem uma década de desenvolvimento de ferramentas e políticas de proteção. “É um desafio enfrentado por todo o setor”, disse a empresa. “Estamos ansiosos para compartilhar os detalhes de nosso trabalho com a Comissão Europeia.”
Impacto dos algoritmos e segurança online
No comunicado, a Comissão Europeia também expressou sua preocupação com a possibilidade de os algoritmos do Facebook e do Instagram fomentarem o vício ou o efeito conhecido como “toca do coelho”.
Nele, os usuários são induzidos a consumir incessantemente conteúdos que podem ser manipulados ou perigosos. A investigação busca também determinar se as plataformas adotam medidas adequadas e proporcionais para assegurar elevados níveis de privacidade e segurança para os menores.
Em abril, a Comissão Europeia já havia iniciado outra investigação contra o Facebook e Instagram por suspeitas de não cumprimento das obrigações de combate à desinformação.
A LSD, que está em vigor desde agosto do ano anterior, impõe regras estritas para grandes plataformas digitais como Twitter/X, TikTok e Meta, e monitora aproximadamente vinte e três empresas e sites, entre eles plataformas de conteúdo adulto como Pornhub, Stripchat e Xvideos.