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A União Europeia está com uma investigação aberta para entender o quão nocivo o vício no Instagram e no Facebook pode ser para crianças, e se essas redes sociais podem causar danos na saúde física e mental de crianças. As informações são da BBC.
Ainda faz parte dessa, uma investigação uma checagem se as redes sociais da Meta fizeram o suficiente para verificar se quem acessa as plataformas têm idade suficiente para usá-las, e como o conteúdo é recomendado para as crianças.
A nova e rigorosa Lei dos Serviços Digitais (DSA) ativa na União Europeia, tem colocado diversas grandes empresas de tecnologia sob investigação de possíveis violações. A multa para as big techs pode ser de até 6% do volume de negócios global anual.
- A Meta, empresa que é dona do Facebook e do Instagram, se defendeu alegando que há mais de 50 políticas de privacidade e ferramentas em sua plataforma que foram desenvolvidas ao longo de uma década com o intuito de proteger as crianças em suas redes sociais.
- “Este é um desafio que toda a indústria enfrenta e esperamos partilhar detalhes do nosso trabalho com a Comissão Europeia”, afirmou.
- Em setembro, a Meta forneceu aos reguladores europeus um relatório sobre os riscos associados às suas plataformas, conforme exigido pela DSA, e a UE respondeu iniciando alguns procedimentos.
“A Comissão está preocupada com o fato de sistemas do Facebook e do Instagram, incluindo os seus algoritmos, poderem estimular vícios comportamentais nas crianças, bem como criar os chamados efeitos de toca do coelho”, afirmou a União Europeia, ao anunciar a investigação.
O “efeito toca de coelho”, citado pelos reguladores, refere-se à propensão dos algoritmos, quando um usuário olha para um conteúdo prejudicial, de sugerir mais do mesmo.
Como a Meta verifica a idade dos usuários da plataforma é motivo de preocupação para a União Europeia.
“Além disso, a Comissão também está preocupada com os métodos de garantia e verificação de idade implementados pela Meta”, acrescenta o comunicado.
Assim como na maioria das outras redes sociais, as plataformas da Meta possuem a política de permitir usuários apenas a partir dos 13 anos. Contudo, estudos já indicaram que crianças bem mais novas utilizam contas no Instagram ou no Facebook, por vezes, com o conhecimento dos pais.
Thierry Breton, um comissário da União Europeia, disse não estar convencido de que a empresa dona do Facebook e Instagram tenha feito o suficiente para cumprir as obrigações do DSA para mitigar os riscos de efeitos negativos para a saúde física e mental dos jovens.
A comissária Margrethe Vestager também alegou desconfiança, dizendo que teme que “Os métodos de verificação de idade que a Meta implementou em seus serviços não sejam adequados”.
A União Europeia já vinha investigando a Meta por conta de outro tema, devido a preocupações em torno da desinformação política propagada nas redes sociais da empresa.