A Udinese foi condenada a jogar uma partida com portões fechados após o suposto abuso racista dirigido ao goleiro do Milan, Mike Maignan, durante o jogo da última rodada do Campeonato Italiano, anunciou a liga italiana nesta terça-feira (23).
Após os supostos gritos racistas dirigidos ao goleiro pelos torcedores da Udinese, Maignan conduziu seu time para o vestiário do Estádio Bluenergy, em Udine. A CNN também entrou em contato com a Federação Italiana de Futebol (FIGC) para comentar.
A Udinese anunciou na segunda (22) que identificou e baniu eternamente de seu estádio o “primeiro indivíduo responsável por comportamento discriminatório” que dirigiu os insultos a Maignan.
“Esta proibição entra em vigor imediatamente”, disse o clube em seu comunicado. “Acreditamos que medidas tão fortes são necessárias para enviar uma mensagem clara de que o racismo não tem lugar no futebol ou na sociedade. A Udinese Calcio se posiciona firmemente contra qualquer forma de discriminação e estamos determinados a criar um ambiente inclusivo e respeitoso dentro da nossa comunidade futebolística.”
Official Statement: First individual involved in discriminatory behaviour identified and banned for life from Udinese Stadium
— Udinese Calcio (@Udinese_1896) January 22, 2024
O incidente ocorreu durante uma partida da Serie A italiana contra a Udinese, aos 33 minutos. Em conversa com a Sky Sports após a partida, Maignan, de 28 anos, que é negro, disse que ouviu “sons de macaco” e gritos da torcida no momento em que pegou a bola no fundo da rede nos gols da Udinese.
Maignan informou o árbitro Fabio Maresca, que interrompeu o jogo, enquanto Maignan saía do campo e descia o túnel para os vestiários, com seus companheiros se juntando a ele. A partida recomeçou menos de 10 minutos depois, e o Milan venceu um confronto dramático por 3 a 2 nos minutos finais.
(Joe McCurdy da CNN contribuiu para este relatório)
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