segunda-feira, abril 28, 2025
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Ucrânia rejeita diálogo com o Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou um pedido do governo do Brasil para uma conversa telefônica com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação é do canal CNN.

A decisão ocorreu antes da viagem de Lula a Moscou, onde participará das comemorações pela vitória contra os nazistas, junto ao líder russo Vladimir Putin.

Representantes de Kiev expressaram descontentamento com a visita, alegando que ela representa um apoio aberto a Putin. Eles afirmam que a presença de Lula pode ser vista como um alinhamento com a Rússia.

Há receio de que imagens de Lula ao lado de Putin, possivelmente com unidades e soldados russos envolvidos na invasão à Ucrânia, sejam divulgadas durante o evento.

Diálogo diplomático em suspenso

O governo brasileiro havia solicitado a conversa no início de abril, mas Kiev alegou problemas de agenda para recusar o contato.

Apesar das críticas, o Itamaraty reiterou a posição do Brasil de condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia e afirmou que a solução para o conflito deve ser buscada por meio da diplomacia.

Durante o funeral do Papa em Roma, Zelensky e Lula estiveram presentes, mas não se encontraram. Zelensky encontrou-se com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes europeus.

O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil busca dialogar com todas as partes envolvidas em conflitos, destacando a importância de ouvir todos os lados.

Impactos na relação Brasil-Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assumiu o cargo em 2019
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky | Foto: RS Zelensky/Fotos Publicas

A visita de Lula a Moscou pode complicar ainda mais as relações entre Brasil e Ucrânia. Zelensky já convidou Lula várias vezes para visitar a Ucrânia e testemunhar a realidade do conflito.

Em resposta, Lula enviou Amorim para visitar o país em guerra em 2023. No entanto, a confirmação da visita a Moscou parece ter prejudicado o diálogo com Kiev.

Além disso, as relações bilaterais podem enfrentar novas tensões com a mudança na embaixada da Ucrânia em Brasília.

O embaixador Andrii Melnyk assumirá a chefia da missão ucraniana na ONU, em Nova York, e ainda não foi anunciado um substituto para sua posição no Brasil. Isso pode ser interpretado como um sinal do descontentamento de Kiev com a política externa brasileira.

Fontes diplomáticas brasileiras destacam que a postura mais severa de Kiev em relação ao Brasil, comparada aos Estados Unidos, é notável. Entretanto, o governo brasileiro sustenta que o diálogo e a diplomacia são os caminhos para resolver o conflito.

Via Revista Oeste

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