O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, pediu, nesta segunda-feira, 3, uma resposta internacional ao aumento das execuções de prisioneiros de guerra ucranianos pelas forças russas. Relatórios recentes da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram um crescimento desses casos.
Sybiha defendeu a criação de novas ferramentas legais internacionais e a realização de ações concretas para responsabilizar os acusados. “O mundo não deve apenas condenar, mas também tomar medidas urgentes”, afirmou.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, atacando pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus. Nos primeiros dias, as forças russas, leais ao presidente Vladimir Putin, fizeram avanços significativos, mas os ucranianos conseguiram defender Kiev, apesar dos ataques contínuos. A invasão foi amplamente criticada internacionalmente, o que resultou em sanções econômicas do Ocidente contra o Kremlin.
Em outubro de 2024, o conflito atingiu um ponto crítico, quando Putin ordenou o uso de um míssil hipersônico na Ucrânia. O projétil, embora carregasse ogivas convencionais, tem capacidade nuclear, o que aumenta as tensões na região.
Ocidente auxilia Ucrânia
O lançamento ocorreu depois de uma ofensiva ucraniana no território russo, com armamentos fornecidos por potências ocidentais, como Estados Unidos, Reino Unido e França.
A inteligência ocidental acusa a Rússia de usar tropas norte-coreanas no conflito. Moscou e Pyongyang não confirmam nem negam essa informação. Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, afirmou que as forças russas estão avançando mais efetivamente e que a Rússia alcançará seus objetivos na Ucrânia, sem dar detalhes específicos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que os principais objetivos de Putin incluem a ocupação total da região de Donbass, o que abrange Donetsk e Luhansk, e a expulsão das tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, onde controlam partes desde agosto.