O número de mortes causadas pelo Tufão Yagi, no Sudeste Asiático, chegou a 276, segundo dados desta quinta-feira, 12.
Esse fenômeno se formou no início da semana passada e atingiu as Filipinas, China, Vietnã, Laos, Tailândia e Mianmar. O Vietnã foi o que mais sofreu, com 226 mortos.
Os ventos da tempestade chegaram a 149 km/h e derrubaram pontes e arrancaram telhados. Uma ponte de 30 anos sobre o Rio Vermelho, na Província de Phu Tho, no norte do país, desabou nesta segunda-feira. Oito pessoas estão desaparecidas.
O Yagi foi o tufão mais potente a atingir o norte do Vietnã em 30 anos, segundo os meteorologistas. A passagem desse fenômeno forçou o deslocamento de milhares de pessoas nas regiões atingidas, principalmente para templos budistas e hotéis.
De acordo com a Unicef, o Yagi causou a destruição de mais de 140 mil casas no Vietnã. O governo estima danos no valor de 300 bilhões de dong, quase R$ 70 milhões.
Governo do Vietnã reage ao Tufão Yagi
O Ministério da Agricultura do país informou que mais de 250 mil hectares foram arrasados pelo tufão. No setor pecuário, foi registrada a perda de 1,5 milhão de frangos e patos.
A estatal de energia elétrica EVN teve de cortar a energia de algumas partes inundadas da capital, em virtude das preocupações sobre segurança. As escolas de Hanói, capital do país asiático, dispensaram os alunos das aulas por tempo indeterminado.
Vários países, como Austrália, Japão e Estados Unidos, anunciaram que enviarão ajuda humanitária para o Vietnã.
Segundo estudos, os tufões da região estão se formando cada vez mais perto da costa, são mais intensos e permanecem mais tempo em terra por causa da mudança climática. Isso ocorre pelo aumento da temperatura das águas oceânicas, que fornecem mais energia para alimentá-las.