Dois assessores do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sugeriram um plano para terminar a guerra na Ucrânia caso ele retorne à Casa Branca, de acordo com reportagem do jornal Reuters, publicada desta terça-feira, 25.
Conforme o plano de Trump, o qual foi concebido pelo general aposentado Keith Kellog e Fred Fleitz, ex-conselheiros do Conselho de Segurança Nacional na administração Trump, os EUA só continuariam a fornecer armas à Ucrânia se o país se comprometer com negociações de paz. Se a Rússia recusasse um cessar-fogo, Washington aumentaria o apoio à Ucrânia.
O plano de Donald Trump sugere que o cessar-fogo seja baseado nas posições de combate vigentes durante as negociações. O ex-presidente dos Estados Unidos já recebeu a proposta e respondeu positivamente.
O porta-voz de Trump, Steve Cheung, declarou que o posicionamento poderia ser considerada oficial. “O presidente Trump afirmou repetidamente que uma prioridade máxima no seu segundo mandato será negociar rapidamente o fim da guerra Rússia-Ucrânia”, disse.
Donald Trump já havia dito que poderia ter resolvido o conflito
Trump já mencionou em outras ocasiões que poderia resolver o conflito Rússia-Ucrânia se vencer o atual presidente dos EUA, Joe Biden. Caso seja implementada, a proposta representaria uma mudança significativa na postura dos EUA sobre a guerra.
O Kremlin respondeu que qualquer proposta de paz por um futuro governo Trump deve refletir a realidade no local, mas que o presidente russo, Vladimir Putin, está aberto a negociações.
“O valor de qualquer plano reside nas nuances e em levar em conta a situação real no terreno”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, à Reuters. “O presidente Putin disse repetidamente que a Rússia tem estado e continua aberta a negociações, tendo em conta a situação real no terreno.”
Detalhes do possível acordo
Os principais elementos do possível acordo de cessar-fogo estão em um documento publicado pelo America First Policy Institute, um think tank ligado a Trump, onde Kellog e Fleitz têm cargos de liderança.
Segundo Kellog, levar Rússia e Ucrânia à mesa de negociações é crucial se Trump vencer as eleições. “Falaremos aos ucranianos: ‘Vocês têm de sentar-se à mesa e, se não vierem à mesa, o apoio dos Estados Unidos acabará’”, disse.
Até agora, os EUA gastaram mais de US$ 70 bilhões em ajuda militar à Ucrânia desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022. Putin afirmou que a guerra poderia terminar se a Ucrânia abandonasse suas aspirações de aderir à Otan, a principal aliança militar ocidental.