Antes de assumir novamente a Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump selecionou três advogados que já atuaram em sua defesa na Justiça para ocupar cargos-chave em seu governo, a partir de 2025. Todd Blanche, que representou político no caso judicial em Nova York sobre o suposto suborno à atriz Stormy Daniels, vai ocupar o cargo de secretário-adjunto do Departamento de Justiça.
Semelhante ao Ministério Público no Brasil, o órgão supervisiona importantes agências. Entre elas, o Federal Bureau of Investigation (FBI) e a Drug Enforcement Administration (DEA), órgão que cuida da repressão e controle de narcóticos. Ex-promotor de Nova York, Blanche vai trabalhar ao lado de Matt Gaetz (Republicano-FL), futuro líder do departamento.
Trump enfrentou a Justiça por supostamente falsificar registros empresariais. A ação teria o intuito de mascarar pagamentos à atriz Stormy Daniels para evitar revelações prejudiciais durante a campanha de 2016.
Michael Cohen, ex-advogado de Trump, seria o responsável pelo pagamento de $130 mil à mulher. O juiz deste caso deve anunciar a sentença na próxima terça-feira, 19.
Demais escolhas de Donald Trump para seu governo
Além de Blanche, Emil Bove, outro advogado de defesa de Trump, foi escolhido para ser o principal secretário associado do Departamento de Justiça. Ele vai atuar como advogado-geral interino durante a confirmação de Blanche pelo Senado.
Bove possui um histórico notável. Ele chegou a processar terroristas e traficantes como chefe da Unidade de Segurança Nacional no Escritório do Procurador dos EUA para o Distrito Sul de Nova York. Formado com honras pela Georgetown University Law Center, Bove já atuou como assistente de dois juízes federais.
Sobre a nomeação, Trump afirmou: “Emil nos encherá de orgulho enquanto, juntos, fazemos a América grande novamente.”
John Sauer e a defesa da imunidade presidencial
Outro defensor de Trump, John Sauer foi nomeado para assumir um papel semelhante ao de advogado-geral dos EUA. Seu foco serão ações perante a Suprema Corte. Sauer desempenhou um papel crucial ao defender a tese de imunidade presidencial, parcialmente aceita pela Suprema Corte, em julho.
“John foi o advogado principal que me representou na Suprema Corte no caso Trump v. Estados Unidos, conquistando uma vitória histórica sobre a imunidade presidencial, o que foi fundamental para derrotar a campanha inconstitucional de lawfare contra mim e todo o movimento Maga [sigla em inglês para o slogan “faça a América grandiosa novamente]”, afirmou Trump à imprensa.