O ex-presidente Donald Trump assinou um decreto que perdoa ativistas condenados por bloquear entradas de clínicas de aborto. Durante o ato, na última quinta-feira, 23, o republicando afirmou que foi “uma grande honra” assinar o perdão e acrescentou que os manifestantes “não deveriam ter sido processados”.
Uma das pessoas que obteve o perdão de Trump foi Lauren Handy, líder de um bloqueio em outubro de 2020 em Washington. Ela tinha sido condenada a cinco anos de prisão com base em uma lei de 1994, a Freedom of Access to Clinic Entrances Act (Face Act), criada para impedir obstruções e ameaças contra clínicas de aborto.
Além de Lauren, Trump perdoou Jonathan Darnel, da Virgínia; Jay Smith, John Hinshaw e William Goodman, de Nova York; Joan Bell, de Nova Jersey; Paulette Harlow e Jean Marshall, de Massachusetts; Heather Idoni, de Michigan; e Herb Geraghty, da Pensilvânia.
Trump criticou o Departamento de Justiça do governo de Joe Biden, seu antecessor, por processar os manifestantes antiaborto. “Muitas pessoas estão na prisão por isso”.
A repercussão do perdão de Trump manifestantes contrários ao aborto
Defensores do aborto criticaram Trump pela medida. Porém, ativistas contrários à prática, como Marjorie Dannenfelser, presidente da SBA Pro-Life America, agradeceram a Trump por “cumprir sua promessa” de perdoar os manifestantes.
A Thomas More Society, grupo jurídico que defendeu os réus, argumentou que os ativistas foram “injustamente presos”. “Hoje, a liberdade ressoa em nossa grande nação”, disse Steve Crampton, conselheiro sênior da organização.
O senador Josh Hawley (Republicano-MO), um leal apoiador de Trump, descreveu os processos contra os manifestantes antiaborto como “um ataque grotesco aos princípios deste país”. Durante uma sessão no Senado, ele mencionou Eva Edl, envolvida em um bloqueio de clínica no Tennessee em 2021, chamando a atenção de grandes grupos antiaborto.
No Twitter/X, ao compartilhar o vídeo no qual Trump aparece assinando o ato, o senador escreveu: “Justiça.”
Entidade antiaborto também se manifestaram sobre a decisão do republicano. “O presidente Trump está revertendo os erros do sinistro Departamento de Justiça de Biden, que protegeu os chefões do tráfico e concedeu clemência a assassinos enquanto perseguia e prendia manifestantes pacíficos pró-vida”, escreveu a Heritage Action.
Marcha pela Vida
O anúncio de Trump ocorreu um dia antes da Marcha pela Vida, um protesto anual em Washington contra o aborto. O presidente Trump deve enviar uma mensagem aos participantes por vídeo.