O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a abertura de uma investigação para apurar suspeitas de uma “conspiração” que envolve o suposto encobrimento do declínio da saúde cognitiva do seu antecessor, o democrata Joe Biden.
A suspeita é de que os funcionários teriam feito uso indiscriminado da “autopen”, uma ferramenta utilizada para assinar documentos oficiais automaticamente.
O conselheiro da Casa Branca, David Warrington, e a chefe do Departamento de Justiça, Pam Bondi, conduzirão a investigação.
“Essa conspiração constitui um dos escândalos mais perigosos e preocupantes da história dos Estados Unidos”, diz o trecho do comunicado divulgado pela Casa Branca, na quarta-feira 4. “Nos últimos meses, tornou-se cada vez mais evidente que os auxiliares do ex-presidente Biden abusaram do poder das assinaturas presidenciais por meio do uso de uma máquina de assinar para ocultar o declínio cognitivo de Biden.”
A Casa Branca destacou que a legalidade e a validade de diversas medidas tomadas por Biden poderão ser questionadas se as suspeitas se confirmarem.
Biden diz que acusação de Trump é “ridícula”
O ex-presidente dos EUA Joe Biden rejeitou as acusações, negou debilidade cognitiva e disse que tomou as decisões durante a sua gestão com consciência.
“Tomei as decisões sobre os indultos, os decretos, a legislação e as proclamações”, afirmou Biden, em comunicado à imprensa. “Qualquer sugestão de que não o fiz é ridícula e falsa.”
Para Biden, a investigação ordenada por Trump tem como objetivo desviar a atenção enquanto o governo e o Congresso trabalham “para aprovar uma legislação desastrosa que cortaria programas essenciais e aumentaria custos para famílias norte-americanas”.
Segundo a agência internacional Associated Press, o democrata Barack Obama foi o primeiro presidente norte-americano a usar a ferramenta de assinatura automática. O Departamento de Justiça considera o uso da “autopen” válido, desde que feito pelo próprio presidente.