Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos pelo Partido Republicano, designou Mauricio Claver-Carone como enviado especial do Departamento de Estado para a América Latina. A escolha foi feita pouco mais de dois anos depois da saída de Claver-Carone da presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em 2022.
Na plataforma Truth Social, Trump afirmou que, nos últimos quatro anos, “o caos e a anarquia tomaram conta” das fronteiras dos Estados Unidos. Ele declarou que era necessário restaurar a ordem no Hemisfério Ocidental. Trump destacou que Mauricio conhecia a região e sabia priorizar os interesses da América.
De acordo com Donald Trump, Claver-Carone compreendia as “terríveis ameaças” enfrentadas pelo país
O presidente eleito também afirmou que Claver-Carone compreendia as “terríveis ameaças” enfrentadas pelo país. Ele citou problemas como imigração ilegal em larga escala e o impacto devastador de drogas, como o fentanil.
A Assembleia de Governadores do BID decidiu pela demissão de Claver-Carone. O grupo, composto de ministros e representantes dos países membros, tomou a decisão. Em setembro de 2022, o colegiado votou pela saída do então presidente.
O escritório de advocacia Davis Polk & Wardwell realizou uma investigação que levou à decisão. O relatório concluiu que Claver-Carone manteve um relacionamento com uma funcionária e aprovou dois aumentos salariais para ela.
De acordo com o documento, a funcionária foi contratada em 23 de setembro de 2020. Ela recebeu um salário anual de US$ 287 mil líquidos. Uma semana depois, Claver-Carone autorizou um aumento de 20%. Em julho de 2021, ele aprovou outro reajuste, também de 20%. Claver-Carone negou as acusações. Ele declarou que a investigação, e não suas ações, prejudicava a reputação do BID.