domingo, outubro 6, 2024
InícioEsporteTribunal decide sobre a inclusão de Roman Abramovich na lista de sanções...

Tribunal decide sobre a inclusão de Roman Abramovich na lista de sanções da UE

O Tribunal de Justiça Europeu (TJE) decidirá nesta quarta-feira (20) sobre a possibilidade de anular a inclusão de Roman Abramovich, ex-proprietário do Chelsea, na lista de sanções da União Europeia após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

O bilionário foi colocado na lista de sanções junto com autoridades russas, incluindo o presidente do país, Vladimir Putin, líderes empresariais proeminentes e oligarcas em março de 2022, logo após o início do conflito.

Abramovich, diz a União Europeia, “tem laços longos e estreitos com Vladimir Putin” e “teve acesso privilegiado ao presidente e manteve relações muito boas com ele”.

A UE também alegou que, como “um dos principais empresários russos”, Abramovich forneceu “uma fonte substancial de receitas ao Governo da Federação Russa”. Até esta data, o órgão afirma que quase 1.800 indivíduos e entidades foram colocados na lista de sanções da UE e estão sujeitos a restrições de viagem e congelamento de bens.

Em maio de 2022, Abramovich abriu um processo contra a União Europeia visando anular a sua inclusão na lista de sanções, afirmam documentos do TJE. Abramovich afirma que houve “erro manifesto” na avaliação da União Europeia e a decisão de incluí-lo no grupo é uma “interferência injustificada” nos seus direitos fundamentais consagrados na legislação da UE.

Documentos do tribunal com sede em Luxemburgo também afirmam que Abramovich deseja que a UE pague 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,3 milhões de libras) “à fundação de caridade para vítimas de conflitos que está sendo criada em conexão com a venda do Chelsea FC” por danos à sua reputação.

Em março de 2022, Abramovich anunciou que estava vendendo o Chelsea Football Club e que havia instruído sua equipe “a criar uma fundação de caridade onde todos os rendimentos líquidos da venda” seriam doados, acrescentando que a fundação seria “para o benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia.”

Em maio passado, num negócio no valor de 5 bilhões de dólares, o Chelsea foi vendido a um grupo de proprietários liderado por Todd Boehly, dos quais 3 bilhões de dólares seriam doados à causa de caridade de Abramovich.

Na semana passada, o Ministro europeu do Reino Unido, Leo Docherty, disse numa audiência da comissão parlamentar que “os rendimentos da venda estão congelados numa conta bancária do Reino Unido” e que o governo “estava agora passando por um processo de peritos independentes que estabelecem uma fundação para gerir o dinheiro”.

“A principal diferença entre o governo e aqueles que estiveram envolvidos” no estabelecimento da fundação “é se os fundos serão usados dentro da Ucrânia ou para ucranianos fora da Ucrânia”, disse Docherty na audiência.

Docherty acrescentou que o governo do Reino Unido quer “que este dinheiro seja utilizado o mais rapidamente possível em benefício dos ucranianos dentro da Ucrânia”. Abramovich também aparece na lista de sanções do Reino Unido.

Este conteúdo foi criado originalmente em Internacional.

Via CNN

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui