sexta-feira, novembro 15, 2024
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Travesti rompe silêncio, sobre performance na UFMA

A travesti Tertuliana Lustosa rompeu o silêncio sobre a sua perfomance de “Ensinando pelo C…” na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que ganhou repercussão nacional nesta sexta-feira, 19. 

Ao lado do docente Carlos Wellington Martins, a travesti explicou que sua participação em evento na UFMA ocorreu em uma mesa-redonda sobre Dissidências de Gênero e Sexualidade, na última quinta-feira, 17. 

“Estou aqui com a Tertuliana Lustosa, uma pessoa extremamente conhecida, uma ativista, poeta, escritora, em que todo mundo conhece sua produção musical, artística e literária”, declarou Carlos Wellington. “Então vamos primeiro conhecer a artista antes de dizer qualquer coisa.”

Tertuliana Lustosa declarou que “não é a primeira vez” que sua performance de “Educando com o c…” causa tanta “comoção” no espaço acadêmico, mas também no ambiente on-line.

“Desde a primeira vez que eu fiz o evento ‘Educando pelo cu’, as pessoas já acharam isso um absurdo, que a universidade era uma bagunça”, relatou a travesti. “Mas as pessoas não entendem que a produção de conhecimento é ampla.”

A artista destacou ser autora do livro Manifesto Traveco-Terrorista, em que um dos capítulos chama-se, exatamente, “Educando com o c…”. “Ou seja, eu não tirei isso de hoje, tá, gente”, esclareceu Lustosa. 

Entenda a apresentação da travesti na UFMA

A performance erótica da travesti Tertuliana Lustosa na UFMA causou revolta na internet, mas sobretudo entre parlamentares de oposição ao governo Lula. O deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) protocolou um pedido de convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para explicar o caso na Comissão de Educação da Câmara.

O evento, promovido dentro de um campus universitário, foi duramente criticado como um show erótico patrocinado com dinheiro público. A apresentação foi realizada pela cantora travesti e historiadora, sendo compartilhada por ela nas redes sociais.

“Vou te ensinar gostoso dando aula na sua pic…”, iniciou. “Aqui não tem nota, nem recuperação. Não tem sofrimento e se aprende com tesão. De quatro, empina o c… Educando com o c…”

Em nota, a UFMA informou estar “averiguando o ocorrido”. Destacou que “tomará as providências cabíveis, após o comprometimento de ouvir todas as vozes, reafirmando seu compromisso com um ambiente acadêmico inclusivo, respeitoso e transparente”.



Via Revista Oeste

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