Algumas cidades do Rio Grande do Sul estiveram entre os dez locais do mundo que mais registraram chuva nas últimas 24 horas, segundo o portal Ogimet, que monitora volumes de precipitação no planeta. Os fortes temporais que atingem o estado Gaúcho já deixaram mortes e um rastro de destruição.
Um dos desdobramentos recentes da tragédia aconteceu na tarde desta quinta-feira (2): o rompimento da barragem 14 de julho, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Colapso da barragem em Bento Gonçalves
- A barragem 14 de julho, em Bento Gonçalves (RS), fica em Cotiporã, na Bacia do Taquari Antas, e rompeu por conta do grande acúmulo de água.
- Foram quatro dias de muita chuva até o rompimento, informou a prefeitura da cidade nesta quinta-feira, 2 de maio.
- A ordem já era de evacuação de casas próximas da barragem desde que o risco foi identificado.
- Segundo o governador do estado, Eduardo Leite (PSDB), na quarta-feira (1º) ocorreu um trabalho para evacuar pessoas em áreas próximas.
“A gente buscou fazer todo o trabalho possível para evitar o rompimento, mas não conseguimos nem ter acesso com helicópteros. O efeito vai ser de elevação do Rio Taquari e Bacia do Taquari Antas“, disse o governador ao portal O Globo. “É uma situação dramática (…) absolutamente excepcional, pior do que qualquer quadro que pudéssemos ter previsto. É preciso que todos se coloquem em segurança“, acrescentou.
Conforme a Defesa Civil da cidade, é esperado que o rompimento agrave a elevação do Rio Taquari nos municípios próximos. “A tendência é que suba de dois a quatro metros, essa é a tendência“, informou o prefeito de Bento Gonçalves Diogo Segabinazzi.
A ordem das autoridades para quem se encontra em áreas de risco é sair o mais rápido possível.
Chuvas no RS
- Até o momento, os temporais deixaram 10 mortos e 21 desaparecidos.
- Segundo o último balanço, 114 municípios foram afetados. São 11 feridos, 1.072 desabrigados e mais de 3.400 desalojados.
- Vale lembrar que ano passado uma série de desastres climáticos também causou devastação no estado. Foram registradas 16 mortes em junho, 54 em setembro e 5 em novembro.