O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) manteve a condenação de Adilson Amadeu, vereador e candidato à reeleição pelo União Brasil. Em 2ª instância, a 16ª Vara Criminal confirmou a decisão anterior por racismo contra a comunidade judaica, na terça-feira 3.
A pena imposta foi de 2 anos e 6 meses de prisão em regime aberto, além de uma multa equivalente a 13 salários mínimos. Amadeu informou que irá recorrer da decisão.
“O processo não foi transitado em julgado, cabem recursos e os advogados estão recorrendo da decisão”, disse o político.
A condenação está relacionada a áudios que Adilson Amadeu enviou em um grupo de WhatsApp com amigos em 2020. Nos áudios, ele afirmou que os judeus querem “que todo mundo quebre”. Esse trecho específico ganhou destaque na decisão judicial.
A defesa do político argumentou que as declarações não se referiam à comunidade judaica, mas eram críticas à gestão estadual e federal durante a pandemia. Os advogados ressaltaram que os áudios foram compartilhados em um grupo privado com amigos de longa data.
Além disso, mencionaram que Amadeu se desculpou formalmente à Federação Israelita de São Paulo, em abril de 2022.
Vale lembrar que, em 2022, Adilson Amadeu foi condenado por injúria racial. Na ocasião, ele fez comentários antissemitas direcionados ao vereador Daniel Annenberg (PSDB) durante uma sessão na Câmara Municipal de São Paulo. Ele chamou Annenberg de “judeu filho da p***” e “judeu b****”.