sexta-feira, novembro 22, 2024
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The Guardian coloca Ludmilla como uma das cantoras favoritas de Beyoncé

Após a dupla apresentação no Coachella, Ludmilla ganhou destaque na imprensa internacional. Ela apareceu no jornal britânico The Guardian publicado nesta terça-feira (30).

A matéria, que é uma entrevista com a brasileira, elege a artista como uma das cantoras “favoritas de Beyoncé“. A diva pop internacional gravou um áudio que foi utilizado para abrir abrir o show de Ludmilla no festival.

“A artista negra mais escutada no Brasil e uma das favoritas de Beyoncé, Ludmilla ganhou um novo público após seu show viral no Coachella”, abre o jornal, que cita a cantora como “a próxima grande estrela do pop do Brasil”. “Ela fala sobre racismo e homofobia ela tem enfrentado para chegar tão longe.”

 

“Ela está seguindo o guia para o estrelato pop, com o objetivo de uma carreira internacional. Com um repertório de canções em português, inspirado no som bruto do baile funk brasileiro e também no pagode (um ramo moderno do samba), Ludmilla já ganhou um Grammy Latino e se tornou a artista negra mais ouvida no Brasil, e uma das únicas mulheres de herança afro-latina a alcançar um bilhão de streams no Spotify e fazer um set no palco principal do Coachella”, diz trecho da matéria.

A reportagem também dá ênfase no valor investido na performance (R$ 8 milhões – ou seja, cerca de 1,2 milhões de libras). “Eu tinha 45 minutos para mostrar ao mundo quem Ludmilla é”, ela disse. “Eu tinha um objetivo e o atingi – nessa semana eu já recebi diversos convites para colaborações [musicais]”, continuou.

Nas redes sociais, a cantora celebrou o reconhecimento.

Ludmilla ainda fala sobre sua carreira internacional: “Coachella foi o ponta pé inicial da minha carreira internacional, e eu estou muito animada para descobrir esse mundo novo”.

Polêmica envolvendo religião

Na entrevista, Ludmilla também esquivou-se da polêmica sobre a suposta intolerância religiosa durante a sua apresentação. “Eu não tenho religião e acredito que o preconceito é algo profundamente grave”, afirmou ao veículo.

No segundo final de semana do festival, imagens da artista visual Najur foram exibidas no telão. Em um dos takes, a frase “só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas” foi duramente criticada nas redes sociais.

A matéria também falou que as redes sociais brasileiras se encheram com “controvérsia” por causa do episódio. “Algumas pessoas acusaram ela de propagar intolerância religiosa – violência contra religiões afro-brasileiras vem crescendo conforme a religião evangélica se torna mais e mais popular – enquanto alguns só argumentaram que a imagem era um olhar do Brasil de hoje”, discorre a matéria.

Ludmilla relembra episódios de racismo

Aproveitando o momento, a artista comentou sobre os episódios de racismo sofridos no início da carreira.

“Quando comecei, eu fui vítima de racismo e sofri em silêncio. Mas agora sei o quanto sou importante e como posso ajudar mulheres como eu. Depois que me apresentei no Coachella, no primeiro fim de semana, vi muitos brasileiros me crucificando nas redes, só por causa do racismo. Esta é uma luta da qual não posso simplesmente desistir. Mas é irritante, uma cantora branca não precisa falar sobre isso”, contou.

Preconceito e homofobia

Ao citar que sua apresentação teve palavras da deputada Erika Hilton, ela fala sobre não ter religião, mas então aborda os direitos das pessoas LGBTQIA+.

Durante a entrevista, Ludmilla também falou sobre seu casamento com Brunna Gonçalves. “Ludmilla é casada com Gonçalves há quatro anos, um casamento que ocorreu no Brasil de Bolsonaro”, consta a reportagem. “Apesar de casamento entre pessoas do mesmo sexo ter sido legalizada pelo Supremo Tribunal Federal em 2011, mas em 2023 foi protocolado um projeto de lei que visava proibir novamente os casamentos homoafetivos.”

“Não é o melhor cenário, mas evoluímos e não podemos andar pra trás nesse assunto”, falou Ludmilla. “Muitas mulheres bissexuais e lésbicas me falaram que, após meu show no Coachella, se sentiram representadas.”

Via CNN

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