A gente sabe: todo mundo já está cansado daquelas postagens nas redes sociais com frases como “esse lugar super escondido” ou “olha esse restaurante que descobri”! Isso porque, na maioria das vezes, o local não é tão escondido assim e o “achado” já é bem mais conhecido do que se imagina.
Mas, claro, há exceções! O novo The Door Hideout é uma delas. Exceção porque, de fato, o local fica escondido atrás de uma porta de madeira sem placa, e para entrar, é necessário tocar a campainha e aguardar com expectativa que alguém abra a porta e te receba no paraíso, isso com reserva feita previamente.
No entanto, não é um “achado”, já que o lugar foi destacado em diversos veículos de comunicação e tem um perfil nas redes sociais, onde o endereço é divulgado.
O The Door é a terceira casa do grupo Hideout – idealizado pelos empresários Aline Araújo e Marcelo Malanconi, e pioneiro no trabalho de alta coquetelaria em Santos -, juntamente com os novos sócios Sylas Rocha e João Warzee.
Localizado em uma rua lotada de bares na Vila Madalena, ao descer do carro, provavelmente um som de pagode virá de um lado, um boteco (daqueles “não gourmetizados”) será avistado do outro, e, daí sim, o número 1111 da Fradique Coutinho surgirá quase escondido no cantinho de uma porta de madeira, sem luz, sem placa, sem holofote.
O bar tem uma playlist gostosa para servir de plano de fundo de bons papos, com uma seleção de jazz, blues e algumas brasilidades, tudo em um volume perfeito para que você consiga conversar tranquilamente com quem está ao seu lado.
Aliás, com ambiente pequeno, de apenas 32 lugares, e luz baixa, tem um “quê” de bar ideal para date. Já fica a dica!
Os drinques são servidos em uma barra modular de 360º, que fica aberta diretamente para o salão — ou seja, nada de bar clássico, com bartender isolado atrás da bancada. A carta foi criada pelo mixologista Sylas Rocha, que reuniu uma equipe de bartenders para atender os clientes de forma mais próxima e descontraída, permitindo que a “bancada vá até o cliente”, ou seja, quem te atende é quem vai preparar a sua bebida.
Na pequena varanda, há uma porta de vidro onde fica o laboratório de pesquisa e desenvolvimento das bases etílicas. Equipado com tecnologia de ponta, o laboratório conta com maquinário exclusivo no segmento, como fermentadoras, centrífuga para infusões rápidas, cuba ultrassônica, sous-vide, slow juicer, desidratadora, Thermomix e evaporadora rotativa.
Se para você tudo isso soa como “grego”, o que importa é que esse equipamento permite criar coquetéis fora do óbvio, om desperdício zero de insumos e que exploram toda a potência dos ingredientes, o que se reflete nos 12 drinques autorais da casa, impecavelmente apresentados.
Entre as opções, vale provar o No Bloody, Mary! (R$ 45), feito com suco de tomate extraído no slow juicer e clarificado, vodka com fatias de bacon, shoyo caseiro destilado na Rotavapor, cambuci clarificado na Spinzall e tajin. Outro curioso é o Red Door (R$ 50), que leva bourbon Woodford Reserve, leite de pistache com framboesa, xarope de cevada maltada, schrub de clementina e cumaru, espuma de queijo e laranja com açúcar explosivo, criado na Thermomix a partir da conversão enzimática dos amidos do grão em açúcares. Também tem drinques clássicos revisitados com a ajuda da tecnologia, como o Boulevardier Zero (R$ 45), que vale-se da Rotavapor para extrair sua alma etílica sem impactar no sabor e aroma originais.
Sem cozinha, o The Door oferece apenas uma enxuta seleção de petiscos e comidinhas assinadas pelo chef Dário Costa.
The Door Hideout: Rua Fradique Coutinho, 1111, Vila Madalena, São Paulo – SP / Horário de funcionamento: terça a sábado, a partir das 19h / Reservas e informações: WhatsApp (11) 97600-3593.
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