O jovem palestino Tarek Daoud, de 17 anos, foi morto no último dia 12, quando tentou assassinar a tiros um israelense de 60 anos Calquília, cidade da Cisjordânia. A vítima se feriu com gravidade e Tarek foi abatido pelas forças policiais.
Tarek foi um dos 240 prisioneiros libertados por Israel, em troca de 100 reféns mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista Hamas, durante a única trégua na atual guerra em Gaza, entre 24 de novembro e 1 de dezembro do ano passado.
“A mídia tentava comparar os nossos reféns que foram tirados de suas camas com os presos palestinos que foram libertados, fazendo uma simetria entre nossas crianças que foram sequestradas e os terroristas menores de idade que foram presos por Israel”, declarou Rozenszajn em vídeo.
“Ontem, um jovem de 17 anos resolveu sair de casa para matar judeus”, prosseguiu o porta-voz. “Esse jovem deixou um israelense gravemente ferido depois de ter disparado contra ele a sangue frio. Esse jovem de 17 anos não é nada mais nada menos que Tarek
Daoud, um terrorista que foi libertado da prisão israelense como parte do acordo de libertação de reféns com Hamas no mês de novembro.”
Em tom de desabafo, Rozenszajn destacou que insistia em diferenciar reféns de prisioneiros.
“Ao longo desses meses, eu tentava explicar a diferença entre as crianças israelenses que foram tiradas de suas camas e levadas como reféns para a Faixa de Gaza e os menores de idade que estavam presos em Israel por cometer atos terroristas. Confesso que não tive muito êxito. Ontem, infelizmente, o sangue do nosso povo provou a verdade.”
O fato de Tarek, ao retornar à Faixa de Gaza em novembro, ter sido recebido por milhares que o viam como uma referência também mereceu destaque de Rozenszajn.
“Veja como ele foi recebido”, disse, enquanto as imagens mostravam a chegada do palestino. “Essa guerra não tem um fundamento geopolítico, ela é travada entre grupos terroristas que querem eliminar Israel do mapa, o único Estado democrático de direito do Oriente Médio, o Estado de Israel.”
Como foi o ataque
Outros dois palestinos também ficaram feridos no ataque. As FDI declararam que o atirador abriu fogo perto de uma oficina mecânica na cidade, controlada pela Autoridade Palestina (AP).
Tarek tentou fugir, mas as forças israelenses o pegaram do lado de fora da cidade. O corpo dele, segundo a AP, estava sendo mantido pelas autoridades israelenses. O Hamas, relatou o The Jewish Chronicle, definia Tarek como um “comandante de campo” na ala militar.
As forças israelenses invadiram a casa de Tarek muitas vezes, depois da libertação dele, já que o jovem imediatamente retornou à atividade terrorista, segundo informação do repórter do Canal 14, Hillel Biton Rosen.
Pela lei, os israelenses são impedidos de entrar em áreas controladas pela AP. Alguns transgridem mesmo assim, já que os preços de bens e serviços são significativamente mais baixos lá do que em Israel.
Situação similar ocorreu com Amnon Muchtar, 66, de Petach Tikvah, no centro de Israel. Em junho, ele foi baleado e morto em Calquília em junho. Pai de cinco filhos, ele era dono de uma loja de vegetais e teria viajado para Calquília para comprar produtos.
“As FDI enfatizam que a entrada de civis israelenses na Área A é perigosa e proibida por lei”, declararam as FDI na noite de segunda-feira.
No domingo, o israelense Yonatan Deutsch, 23, da cidade de Beit She’an, já havia sido assassinado a tiros por um terrorista na Rota 90, no norte do Vale do Jordão.
Desde 7 de outubro, foram 338 ataques, principalmente na Cisjordânia, repercutindo a guerra na Faixa de Gaza.