As autoridades do Japão informaram que suspenderam nesta sexta-feira (15) o processo de liberação no Oceano Pacífico da água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima. A decisão foi tomada de forma preventiva após um terremoto atingir a região.
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Terremoto não causou problemas na usina nuclear
Segundo a Agência Meteorológica japonesa, um tremor de 5,8 graus de magnitude atingiu Fukushima na madrugada. O epicentro foi a 50 quilômetros de profundidade na região costeira, a mesma afetada pelo terremoto seguido de tsunami que causou cerca de 20 mil mortes em 2011 e que teve como consequência o vazamento de material radioativo da usina nuclear.
Segundo a Tokyo Electric Power (Tepco), que opera os trabalhos no local, o novo tremor não provocou “anomalias nas instalações de diluição e despejo da água tratada, mas que, por precaução, as operações nas instalações foram suspensas”. A agência reguladora nuclear do Japão também afirmou que não foram detectados problemas na central de Fukushima Daiichi.
Até o momento, não foi emitido nenhum alerta de tsunami. Também não há relato de danos ou de feridos após o abalo. As informações são do InfoMoney.
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Despejo da água radioativa ainda gera polêmicas
- Com o caso, as discussões sobre a segurança do procedimento de liberação da água radioativa tratada foram retomadas.
- Em fevereiro deste ano, uma falha nas operações de manutenção na usina nuclear causou o vazamento de cerca de 5,5 toneladas de água radioativa.
- Apesar do incidente, as autoridades japonesas afirmam que não houve contaminação do ambiente externo.
- Já no final de outubro do ano passado, dois funcionários que atuavam no local foram hospitalizados após terem contato com o material radioativo.
- Eles não sofreram lesões e a Tokyo Electric Power anunciou o reforço na segurança das operações.
- O início da liberação da água radioativa aconteceu no dia 24 de agosto de 2023.
- O material será descartado no oceano de forma gradual – no máximo 500 mil litros por dia – por meio de uma tubulação subaquática de um quilômetro.
- O procedimento conta com o aval da Agência Internacional de Energia Nuclear.
- As autoridades japonesas garantem que o despejo é seguro, uma vez que a água, suficiente para encher 500 piscinas olímpicas e usada para resfriar as barras de combustível da usina de Fukushima, destruída após ser atingida por uma tsunami e um terremoto em 2011, foi totalmente tratada.
- No entanto, países como a China condenam o plano japonês.
- Os chineses, inclusive, anunciaram a proibição da importação de frutos do mar do país vizinho sob a justificativa de contaminação dos produtos.