O inverno de 2024 no Brasil começará em 21 de junho, às 17h51, com exceção de algumas áreas do Amazonas, do Pará, de Roraima e do Amapá.
Segundo previsões meteorológicas, espera-se que as temperaturas fiquem acima da média, especialmente de agosto até a primeira metade de setembro, com possíveis ondas de calor.
“Certamente haverá frio”, explica Vinicius Lucyrio, meteorologista da Climatempo ao g1. “Teremos até mais dias frios do que no último ano. Contudo, como as temperaturas estarão acima da média, os períodos com temperaturas mais elevadas que o usual serão mais frequentes.”
O término do fenômeno El Niño, responsável pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, afeta o clima no país. Atualmente, o Brasil se encontra em uma fase neutra, e a possível chegada do La Niña está prevista.
Esse fenômeno é caracterizado pelo resfriamento da Faixa Equatorial Central e Centro-Leste do Oceano Pacífico. A redução da temperatura nas águas do oceano é de 0,5°C ou mais. O La Niña ocorre a cada três a cinco anos.
Efeitos do La Niña no Brasil
No Brasil, os impactos típicos do La Niña são: aumento das chuvas no Norte e Nordeste; tempo mais seco no Centro-Sul, com chuvas irregulares; tendência de clima mais seco no Sul; e condições mais propícias para a entrada de massas de ar frio, o que causa maior variação térmica.
No fim do outono, espera-se uma diminuição na frequência de bloqueios atmosféricos e uma transição para padrões climáticos mais típicos da estação. Os bloqueios atmosféricos são um tipo de circulação de ventos na alta atmosfera, que impede o avanço das frentes frias.
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Nesse contexto, as frentes frias se formam e tentam avançar, mas são bloqueadas e desviadas para o oceano. Isso fortalece a massa de ar quente no continente, o que causa ondas de calor.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de junho será um mês quente, particularmente na região central do país, onde a massa de ar seco e quente persistirá até o dia 17.
Começo do inverno no Sul do Brasil
Os Estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e parte do Paraná receberão uma quantidade maior dessas massas de ar frio no começo do inverno.
Poucas dessas massas avançarão para o interior do Brasil, como as regiões Sudeste, Centro-Oeste e até mesmo partes do Norte.