A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, Tabata Amaral, disse em sabatina da Revista Oeste nesta quinta-feira, 12, que recebe ataques da direita e da esquerda por ser independente.
“Nunca tive receio, nunca tive medo de levantar [a voz] quando tinha uma discordância com uma fala do presidente da República, de me posicionar quando era contrária a um projeto”, afirmou. “[…] E é justamente essa independência que faz com que eu seja diariamente atacada por parcelas à esquerda e parcelas da direita há seis anos.”
“Se tem alguém que tem um ph.D. e incomodar os dois lados, soy yo“, acrescentou. “Eu não sou a candidata do Lula, eu não sou a candidata do Bolsonaro. Meu único compromisso é com a população de São Paulo.”
Tabata afirma ser a única candidata que, apesar de demarcar diferenças, tem bom diálogo e consegue trabalhar com todos os políticos. Como exemplo, citou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Quando eu falo que a gente está ‘apequenando’ São Paulo, é disso que eu estou falando”, disse. “Eu não vou conseguir fazer metade desse plano de governo sem repasse do governo federal e estadual, sem um trabalho um conjunto com as polícias. […] É por isso que essa boa relação é tão importante para mim.”
“Mas está faltando um prefeito, uma prefeita que não vá para o palanque na [Avenida] Paulista para falar de Lula e Bolsonaro, mas que mantenha juízo e uma boa relação com todo mundo para trabalhar por quem mora aqui”, acrescentou.
Tabata reforça discordância com Bolsonaro
A candidata do PSB disse ainda que o único responsável por escolher os interlocutores dela é o povo.
“Eu tinha inúmeras de discordâncias com o governo Bolsonaro, que sempre deixei muito claro, e mesmo assim fiz dezenas de reuniões com vários ministros do governo Bolsonaro”, destacou. “Vocês acham que eu aprovei esse tanto de projeto como?”
“Eu, Tabata, jamais vou me recusar a dialogar com qualquer governador desse Estado, com o presidente da República, com qualquer vereador, porque não sou eu, a gente tem que ter respeito pelo eleitor”, acrescentou.
Ela afirmou ainda que esse posicionamento incomoda, “ainda mais vindo de uma mulher jovem”.
“Para mim, esse lugar é muito natural”, afirmou. “Quando tem que condenar, eu vou condenar, mesmo que eu sofra uma represália política depois. Agora, eu jamais vou deixar de conversar com alguém que o povo escolheu para estar naquele lugar, e o povo já fez a sua escolha na última eleição.”