sábado, setembro 14, 2024
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Temporada de cruzeiros bate recorde e injeta R$ 5,2 bi na economia brasileira

A temporada de cruzeiros 2023-2024 foi um sucesso no mercado. O setor injetou R$ 5,2 bilhões na economia brasileira e alcançou um novo recorde, tanto em número de viajantes, quanto em geração de empregos, segundo o Estudo de Perfil e Impactos Econômicos de Cruzeiros Marítimos no Brasil, produzido pela Clia Brasil (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos) com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), lançado no sexto Fórum Clia Brasil 2024.

Cada R$ 1 investido movimentou R$ 4,22 no país, alcançando o maior impacto na economia brasileira dos últimos dez anos da área, conforme a pesquisa.

A temporada de 2023-2024 teve nove navios operando em 19 destinos pelo Brasil e na América do Sul, com 844.462 viajantes. No período anterior, 2022-2023, foram registrados 802.758 passageiros.

Ou seja, houve um aumento de 5,2% entre os anos. Já a temporada de 2021-2022, ainda durante a pandemia da Covid-19, registrou apenas 141.289 mil cruzeiristas.

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil, comentou motivos que podem ter levado ao recorde nos últimos dez anos. “Temos visto a baixa no índice de desemprego, e a inflação tem sido trabalhada pelo Banco Central para manutenção na meta. As taxas de juros estão altas, e isso afeta um pouco o custo de financiamento, mas as companhias marítimas têm como ofertar seus pacotes em até 12 vezes, o que ajuda muito na compra dos consumidores”, comentou ele à CNN Viagem&Gastronomia.

Além disso, a temporada também gerou 80.311 postos de trabalho, 0,9% a mais que a anterior. Desses, 1.572 foram tripulantes e mais de 78 mil foram de funções diretas, indiretas e de forma induzida pelos gastos do setor e clientes.

Ferraz explica que, segundo dados internacionais da Clia, é gerado um emprego diretamente a cada 24 cruzeiristas. Esses números envolvem cidades portuárias, agências e operadoras de turismo.

A pesquisa ainda analisou o gasto médio por pessoa com a compra da viagem, chegando a um resultado de R$ 5.268 em uma média de 4,7 dias de viagem. Nas cidades de escala, cada cruzeirista gerou um impacto econômico médio de R$ 668,91. Nas de embarque, o valor foi de R$ 877,01.

A Clia e a FGV também apontam que o número de turistas residentes no Brasil que viajaram de cruzeiro no exterior foi de 173,4 mil em 2023 — um aumento de 130% em relação a 2022 –, com uma receita estimada de R$ 906,9 milhões (R$ 353 milhões a mais que o ano anterior). Os destinos mais visitados para viagem de cruzeiro ficavam no Mediterrâneo e no Caribe.

Ferraz diz que a expectativa para os próximos anos são as melhores, mas afirma enfrentar “muitas questões de competitividade” no mercado de cruzeiros. “Se não nos ajustarmos em um curto espaço de tempo, temos grandes chances de perder navios para outros destinos”, comenta.

“Estamos conversando com todos os envolvidos, em todos os destinos, portos e com fornecedores, para tentarmos estar mais perto do que a média mundial de custos e, assim, não só manter os navios que temos, mas atrairmos novos navios para o nosso país”, finaliza.

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Via CNN

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