O município de Porto Velho, capital de Rondônia, enfrenta graves consequências devido às intensas queimadas que assolam a região há mais de um mês. A situação climática deixa o tempo seco.
A densa fumaça cobre a cidade. Causa, assim, problemas respiratórios e prejudica a vida diária dos 460 mil residentes.
Cerca de 5,5 mil focos de queimadas foram registrados em Rondônia de 1º de janeiro a 26 de agosto. É o maior número em cinco anos para o período.
Esse total é 144% maior do que o registrado no mesmo período em 2023, quando foram contabilizados 2,2 mil focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.
Em resposta à crise, o governo de Rondônia declarou emergência. Além disso, proibiu o uso do fogo em todo o Estado por 90 dias.
No dia 2 de agosto, o levantamento da IQAir classificou a qualidade do ar em Porto Velho como a pior do Brasil. A IQAir é uma empresa suíça que mede os níveis de poluição em diferentes países. A qualidade do ar foi colocada na categoria “insalubre”.
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A poluição também impactou as operações aéreas no Estado, resultando em alterações em mais de 40 voos em um mês, a maioria no Aeroporto de Porto Velho.
Tempo seco e sem chuvas
Além da fumaça e do calor, a população enfrenta uma seca severa. O Instituto Nacional de Meteorologia informou que Porto Velho está há mais de cem dias sem chuvas, com a última significativa ocorrendo em 25 de maio.
No dia 3 de setembro, o nível do Rio Madeira em Porto Velho atingiu 1,02 metro. Esse é o menor nível desde 1967, segundo o Serviço Geológico do Brasil. O nível esperado para esta época do ano é de cerca de 3,80 metros. Isso indica que o rio está quase três metros abaixo do normal.
A seca também afeta gravemente o Igarapé Maravilha. Em menos de um mês, ele secou completamente. A falta de água causou a morte de peixes devido à falta de oxigênio.