O Santo Sudário, um pedaço de tecido de linho que teria envolvido o corpo de Jesus após a sua morte, já causou discussões acaloradas. De um lado, pessoas que acreditam na história por trás do objeto. Do outro, céticos que afirmam que tudo não passa de uma lenda. Agora, um novo estudo pode ter acabado com o impasse.
Análise indicou que o tecido é do século I d.C.
O Santo Sudário foi analisado pela primeira vez em 1988, quando foi submetido à técnica de datação por carbono 14. Na oportunidade, cientistas dataram o artefato como sendo da época da Idade Média, entre 1260 e 1390 d.C., o que impossibilitaria que Jesus tivesse vestido ele.
Agora, no entanto, uma equipe do Instituto de Cristalografia do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas da Itália sugeriu que o material seria datado do século I d.C. As informações são do History Channel Brasil.
No novo trabalho, os pesquisadores extraíram oito pequenas amostras do tecido de linho e aplicaram um método baseado em métricas de envelhecimento, como temperatura e umidade, para precisar sua idade
A equipe explica que o Santo Sudário pode ter estado exposto a diferentes contaminantes externos ao longo dos séculos, o que dificulta a tarefa de datá-lo com precisão. No entanto, os resultados obtidos indicam que o material teria pertencido à época de Cristo, o que pode confirmar a sua autenticidade.
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A história do Santo Sudário
- Segundo a tradição cristã, após a crucificação de Jesus Cristo, seu corpo foi envolto em um tecido como parte do ritual de sepultamento e colocado em uma gruta.
- A história afirma que os fluidos corporais, como sangue e água, teriam impregnado o tecido, deixando uma impressão do contorno do corpo e dos traços faciais de Jesus.
- Com o tempo, o tecido passou por várias mãos até chegar a cidade de Turim, na Itália, onde está desde 1578.
- O artefato é conservado em uma caixa de prata, guardado em uma capela da catedral de Turim, protegido por quatro camadas de vidro à prova de balas.
- Apesar da lenda por trás do Santo Sudário, a Igreja Católica não o considera oficialmente como uma relíquia sagrada, embora reconheça a importância simbólica da imagem contida nele.