sexta-feira, novembro 22, 2024
InícioPolíticaTCU determina auditoria na Anac depois de acidente da Voepass

TCU determina auditoria na Anac depois de acidente da Voepass

O vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, determinou uma auditoria na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nesta quarta-feira, 14. A auditoria visa investigar falhas na regulamentação e fiscalização da aviação civil no Brasil.

A decisão foi tomada cinco dias depois do acidente com o voo da Voepass no interior de São Paulo, que deixou 62 mortos. Até agora, 60 corpos foram liberados às famílias.

“Considerando o recente acidente aéreo envolvendo a empresa Voepass, que tragicamente vitimou 62 pessoas, e visando assegurar a conformidade dos procedimentos de segurança aeronáutica no Brasil, proponho a realização de uma auditoria na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com foco em suas atribuições normativas e regulatórias”, escreveu Rêgo no pedido de auditoria.

O procedimento do TCU vai examinar a eficácia das normas de reparo de aeronaves, os procedimentos de fiscalização da Anac sobre empresas de manutenção e a atuação da agência na investigação e resposta a incidentes aéreos. Serão verificados também os controles internos e processos de certificação desses serviços.

“A partir dessa auditoria, pretende-se verificar se a Anac tem cumprido adequadamente suas atribuições, bem como identificar eventuais pontos de melhoria nos processos de regulamentação e fiscalização”, disse o ministro.

“O objetivo final é garantir a segurança e a confiabilidade do setor de aviação civil, prevenindo futuros acidentes e protegendo a vida de passageiros e tripulantes”, acrescentou.

Tiago Sousa Pereira é diretor substitututo da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com mandato até 2026 | Foto: Reprodução/X/Twitter

Anac está sem diretor efetivo desde o ano passado

A auditoria ocorre em meio à falta de um presidente efetivo na Anac, que está sob a direção do diretor-presidente substituto Tiago Pereira, nomeado em abril de 2023 depois da saída de Juliano Noman.

Segundo informações de bastidores, a ausência de um presidente efetivo se deve a negociações políticas do governo.

Apesar disso, a Anac afirmou ao jornal Gazeta do Povo que “nenhum processo deixou de ser deliberado por falta de quórum nem houve impacto negativo nas atividades da Agência em relação à regulação do setor de aviação civil”.

No mesmo dia, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter sigilo nas investigações de acidentes aéreos, impedindo que conclusões do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer) sejam usadas como provas em processos judiciais.

Via Revista Oeste

MAIS DO AUTOR

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui