A taxa de natalidade no Japão caiu pelo oitavo ano consecutivo em 2023. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde japonês na quarta-feira 5.
O relatório japonês mostrou que 727 mil bebês nasceram em 2023. O número é 5,6% menor quando comparado a 2022. A marca, inclusive, é a maior da série histórica — iniciada em 1899.
A taxa de fecundidade ficou em 1,2 no ano passado. O número corresponde a expectativa do número médio de filhos que uma mulher terá ao longo da vida.
Cerca de 475 mil casamentos foram realizados em 2023 no Japão, uma queda de 6% quando comparado a 2022. Segundo as autoridades, o baixo número de matrimônios é uma das principais razões para a taxa de natalidade continuar caindo.
O secretário-chefe de gabinete do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, disse que a instabilidade econômica é um dos motivos para as pessoas não casarem e não terem filho. A dificuldade em conciliar a vida profissional com a parental também é um dos motivos para a queda na taxa de natalidade.
Hayashi afirmou aos jornalistas que os números refletem uma “situação crítica”. Além disso, declarou que a oportunidade para reverter essa realidade é até 2030.
Incentivos para o aumento da taxa de natalidade no Japão
O envelhecimento da população e a queda da natalidade afetam diretamente a economia japonesa. O Parlamento do Japão aprovou na quarta-feira, 5, uma série de apoio aos pais. Dentre as medidas estão a ampliação do acesso aos serviços de cuidados infantis e da licença parental.
A expectativa é que a população do país caia para 87 milhões de habitantes até 2070. Atualmente 125 milhões de pessoas moram no Japão.
Com a taxa de natalidade em queda constante, o governo investirá ¥ 5,3 trilhões (US$ 34 bilhões) do orçamento de 2024 para tentar aumentar o nascimento de bebês. O projeto também deve receber um investimento anual de ¥ 3,6 trilhões (US$ 23 bilhões) pelos próximos três anos.