A Embraer não está preocupada com as novas tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo seu presidente-executivo, Francisco Gomes Neto, a empresa “vai achar a forma de resolver isso, como resolveu outros problemas tão e até mais graves do que esse”. A informação é de Carlo Cauti, em reportagem publicada na Edição 264 da Revista Oeste.
Para este ano, a Embraer projeta a entrega de 77 a 85 aeronaves comerciais, o que representa um crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. A companhia também pretende entregar de 145 a 155 jatos executivos, com uma alta estimada de 15% ano sobre ano, com base no ponto médio das projeções.
Essas estimativas refletem a retomada da demanda por aviação regional e executiva, setores nos quais a Embraer possui forte atuação global. A empresa também consolida contratos estratégicos em diversos mercados, o que deve impulsionar os resultados ao longo do ano.
A expectativa da fabricante é alcançar US$ 10 bilhões em receitas antes de 2030. Essa previsão, no entanto, não inclui os eVTOLs — aeronaves elétricas de decolagem e pouso verticais — que são desenvolvidas por uma subsidiária. A íntegra do texto “O buraco do Master é mais embaixo” está disponível aos mais de 100 mil assinantes da Revista Oeste.
Embraer registrou recorde histórico em 2024
A Embraer divulgou em fevereiro deste ano o faturamento do quarto trimestre de 2024 e o seu balanço anual. A fabricante de aviões brasileira, que é terceira maior do mundo no segmento de jatos para aviação comercial, alcançou a marca de R$ 35,4 bilhões em receita. É o maior de sua história e representa um aumento de 36% sobre 2023.
Conforme anunciou a companhia, trata-se do “nível mais alto de todos os tempos”. A linha de negócio que mais contribuiu para o desempenho positivo foi a de defesa e segurança, com crescimento de 55% em receita quando comparado a 2023. O total de aeronaves entregues pela fabricante teve um novo recorde, com 206 modelos em 2024.

No quarto trimestre, a Embraer teve uma receita de R$13,7 bilhões. Assim, o lucro líquido ajustado para o ano foi de US$ 352,6 milhões, 114% a mais do que no ano passado. A carteira de pedidos atingiu US$ 26,3 bilhões no 4T24, também o maior volume de sua história, 40% maior na comparação anual.
Gomes Neto viveu dois momentos dramáticos que colocaram em risco principalmente a continuidade do negócio. Primeiro foi o acordo desfeito com a Boeing, em 2020. Depois, no mesmo ano, a pandemia da covid-19, que praticamente paralisou a indústria aeroespacial no mundo.
Revista Oeste
A Edição 264 da Revista Oeste vai além do texto de Carlo Cauti. A publicação digital conta com reportagens especiais e artigos de Silvio Navarro, Augusto Nunes, Alexandre Garcia, Ana Paula Henkel, Cristyan Costa, Rafael Fontana, Guilherme Fiuza, Tiago Pavinatto, Roberto Motta, Yasmin Alencar, Adalberto Piotto, Rodrigo Constantino, Ubiratan Jorge Iorio, Mateus Conte, Dagomir Marquezi, Peter Suderman (da Reason) e Daniela Giorno.
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