O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou o Projeto de Lei (PL) aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que mudaria o nome da estação Guarulhos-CECAP, da Linha 13-Jade, da CPTM, para homenagear a banda Mamonas Assassinas.
O veto foi publicado no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira 25, sob a justificativa de que a denominação do nome das estações é de atribuição da CPTM e, portanto, fugiria dos poderes Legislativo e Executivo.
“A gestão do patrimônio de empresas como a CPTM, incluindo a outorga de denominações, é tema que refoge ao domínio da lei”, argumentou Tarcísio. “Sob pena de afronta ao regime jurídico ao qual está subordinada e aos objetivos que inspiraram sua constituição, sob pena de violação ao artigo 173, § 1º e inciso II da Constituição Federal.”
A proposta para acrescentar o nome dos Mamonas Assassinas na estação da CPTM foi apresentada pelo deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos). O objetivo era homenagear a banda de Guarulhos, localizada na região metropolitana de São Paulo.
“Essa é uma forma de eternizarmos a banda não só para a população de Guarulhos, como para todas as pessoas que ainda os têm na lembrança e no coração”, afirmou o autor do projeto.
Mamonas Assassinas
Uma banda com o nome Utopia decidiu se reinventar em meados da década de 1990. A mudança levou o grupo ao sucesso com o nome de Mamonas Assassinas.
Na virada de página, os integrantes decidiram adotar um modo irreverente de fazer rock. As músicas eram compostas por piadas — algumas delas retratando realidades da vida do brasileiro. Os artistas se apresentavam com fantasias imitando ícones da cultura pop. O humor fez o grupo cair no gosto nacional.
O primeiro — e único álbum — foi lançado em maio de 1995 e se tornou um fenômeno de vendas. O sucesso foi interrompido, porém, por um acidente aéreo em março de 1996. Todos os integrantes do Mamonas Assassinas morreram na tragédia.