quarta-feira, outubro 2, 2024
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Tarcísio retira livro de Djamila Ribeiro de biblioteca virtual escolar

O livro Cartas para Minha Avó, escrito pela filósofa Djamila Ribeiro, foi removido pela Secretaria de Educação de São Paulo de uma plataforma de leitura destinada aos professores de português do Estado. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Publicado em 2021 pela Companhia das Letras, o livro apresenta, em formato de cartas, um “relato memorialístico pungente e sensível sobre ancestralidade, feminismo e antirracismo na criação de filhos”, conforme descrito pela editora.

Questionada pela Folha quarta-feira, 15, a Secretaria de Educação anunciou no mesmo dia que a decisão seria revertida e que o livro retornaria à plataforma.

“Depois de uma análise solicitada pela rede, sobre o livro Cartas para Minha Avó, de Djamila Ribeiro, concluímos que a obra continuará disponível para os alunos do Ensino Médio e EJA (anos finais e ensino médio) a partir de quinta-feira, 16″, informou a secretaria.

Djamila Ribeiro dedica o livro às orixás Iemanjá e Oxum e começa com um retrato da avó Antônia, descrita como uma “conhecedora de ervas curativas e benzedeira muito requisitada”.

Selecionado por alguns professores como leitura para a classe, o livro estava disponível na plataforma Leia SP, uma biblioteca virtual acessível a estudantes e professores, até pelo menos a última sexta-feira, 10.

Djamila Ribeiro afirma que remoção é ‘antidemocrática’

Em entrevista à Folha, Djamila classificou a remoção como “arbitrária” e mencionou que nem ela nem a editora foram notificadas sobre a retirada da obra e tomou conhecimento do fato por meio de uma professora.

Ela criticou a falta de discussão ou debate e considerou a atitude “antidemocrática” e contrária aos esforços de educadores comprometidos com a “educação antirracista no Brasil nos últimos anos”.

A autora expressou ainda o desejo de entender por que a obra foi classificada como “conteúdo sensível”, uma vez que é um mosaico de memórias de sua infância, utilizado pelas escolas sob a perspectiva da “educação antirracista.”

Via Revista Oeste

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