Nesta sexta-feira, 8, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defendeu a Operação Verão, realizada pela Polícia Militar em 16 municípios do litoral paulista. A operação tem sido alvo de críticas de organizações não governamentais (ONGs) por deixar pelo menos 39 mortos em confrontos entre policiais e criminosos.
“Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito”, disse o governador. “E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na Liga da Justiça, no raio que o parta, que eu não tô nem aí.”
Temos um governador com a coragem de enfrentar o crime organizado ao nosso lado. É isso o que me dá a convicção de que vamos vencer. Obrigado, Governador @tarcisiogdf , por ser a voz de cada um de nossos policiais vocacionados, dispostos a proteger a sociedade. pic.twitter.com/rvC4wUULZs
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) March 8, 2024
Tarcísio promete investigar denúncias
O governador promete investigar as denúncias de que os corpos dos mortos em confrontos com a polícia são levados como vivos para os hospitais para evitar a perícia.
“Tem uma questão de denúncia, vamos investigar. Agora, nós precisamos de fato saber o que realmente aconteceu”, disse o governador. “Tínhamos lá na Baixada uma série de barricadas que foram removidas. Locais em que o poder público não entrava. Hoje a gente retirou todas as barricadas. A gente está restabelecendo a ordem”.
ONG pede à ONU para encerrar operação
A ONG Conectas Direitos Humanos, em conjunto com a Defensoria Pública de São Paulo, pediu à Organização das Nações Unidas (ONU), o fim da operação e a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares. Segundo o órgão, as câmeras não foram utilizadas em nenhuma das ocorrências analisadas.
Desde o ano passado, a Baixada Santista tem sido alvo de grandes operações do Estado, depois de policiais militares serem mortos na região. Em janeiro e fevereiro, os agentes mataram 57 criminosos, segundo dados divulgados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP).