O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou na noite desta quinta-feira, 21, o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal.
Diferentemente de outros apoiadores de Bolsonaro, Tarcísio evitou críticas diretas à Polícia Federal e ao Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, defendeu Bolsonaro ao afirmar que ele respeitou o resultado das urnas.
O governador também destacou a necessidade de a investigação revelar “a verdade dos fatos”. Ele publicou as declarações em sua conta na rede social Twitter/X.
“Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas”, escreveu o governador de São Paulo. “É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a investigação em andamento seja realizada de modo a trazer à tona a verdade dos fatos.”
Há uma narrativa disseminada contra o presidente Jair Bolsonaro e que carece de provas. É preciso ser muito responsável sobre acusações graves como essa. O presidente respeitou o resultado da eleição e a posse aconteceu em plena normalidade e respeito à democracia. Que a…
— Tarcísio Gomes de Freitas (@tarcisiogdf) November 21, 2024
Freitas é considerado o principal nome para suceder a Bolsonaro em uma eventual candidatura de direita à Presidência da República. Mesmo assim, afirma a aliados que prefere disputar a reeleição em São Paulo. Ele avalia que essa eleição apresenta menos desafios.
Apesar disso, enfrenta cobranças constantes para adotar um posicionamento mais enfático em defesa de Bolsonaro, que é visto como seu padrinho político. Durante o governo do ex-presidente, Tarcísio exerceu o cargo de ministro da Infraestrutura. Mesmo depois do término do mandato, ele ainda comparece a eventos organizados a convite de Bolsonaro.
Indiciamento de Bolsonaro
A PF indiciou, nesta quinta-feira, 21, Jair Bolsonaro, o candidato a vice na chapa do ex-presidente na eleição de 2022, general Braga Netto, e outras 35 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado.
De acordo com o relatório, que tem mais de 800 páginas, o ex-presidente, Braga Netto e demais aliados cometeram também abolição violenta do Estado Democrático de Direito e montaram uma organização criminosa.
O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu o processo e pedirá manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Se a PGR entender que há indícios de crime e apresentar uma denúncia, caberá, então, ao STF determinar se os investigados vão virar réus.