Um tanque de guerra é conhecido justamente por ser um veículo blindado no campo de batalha. Mas com mísseis e armas cada vez mais potentes, a blindagem natural do veículo pode não ser suficiente, ou no mínimo deixa ele muito fácil de ser identificado. Pelo menos é isso que parece estar acontecendo com a Rússia, que está usando um veículo com uma armadura improvisada.
O veículo foi batizado na imprensa estrangeira como “tanque-tartaruga” e consiste basicamente, segundo as descrições, em um tanque de guerra coberto por placas de metal semelhantes a telhas. Ainda não se sabe ao certo a função da cobertura, mas além de uma possível proteção, a armadura pode dificultar que o veículo seja identificado por satélites ou drones, já que se parece com uma casa olhando por cima.
A revista The Economist explica que “por mais rudimentar que possa parecer a chapa metálica adaptada, ela provou ser eficaz no passado. A armadura espaçada – acrescentando uma camada a uma curta distância da camada primária de proteção – remonta à Primeira Guerra Mundial, quando era usada em navios. Quando um projétil atinge a primeira camada de metal, ele fica embotado e desviado do curso, tornando-o menos eficaz quando atinge a armadura principal”.
Segundo a Forbes, isso ajuda a Rússia a combater a sua principal dificuldade contra os ucranianos: 100.000 drones explosivos de visão em primeira pessoa que as tropas ucranianas lançam contra as tropas e veículos russos todos os meses.
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Entretanto, segundo a revista, a Ucrânia já encontrou formas de superar o problema com esse tipo de tanque de Guerra. O telhado de metal é fino e pode ajudar a proteger contra drones, mas é inútil contra artilharia pesada, principalmente munições explosivas que podem transformar o espaço entre a telha e o corpo blindado do veículo em um forno.
Esse veículo foi flagrado pela primeira vez no começo de abril e é uma revolução de uma armadura improvisada com grades que chegou a ser usada pelo país em 2021.
Drones são fundamentais na guerra da Ucrânia
Mesmo com toda a ajuda enviada pelo Ocidente, a contraofensiva da Ucrânia tem enfrentado muitas dificuldades. Uma das principais delas é o uso de drones “suicidas” pela Rússia. Esses equipamentos têm sido utilizados para se chocar intencionalmente com blindados ucranianos a mais de 100 quilômetros por hora, retirando os veículos inimigos do campo de batalha.
Os drones têm sido determinantes para a Rússia impedir um avanço significativo da Ucrânia no campo de batalha. Combinados com campos minados, artilharia e mísseis antitanque guiados, eles formaram um grande obstáculo aos ucranianos, que, na região de Zaporizhzhia, por exemplo, conseguiram avançar apenas alguns quilômetros desde junho.
A guerra no Leste europeu se transformou em um grande campo de testes para a implantação em larga escala de drones em conflitos. Enquanto os russos usam o Lancet, os ucranianos contam com o Switchblade, fornecido pelos EUA e que também explode quando atinge seus alvos.